quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Don't Be Afraid


Um ano é muito e pouco tempo, nesse intervalo de treze luas, quatro estações, 365 dias, doze meses, pode acontecer muita coisa e coisa alguma, dependendo da maneira como decidimos levar a vida. Já tive alguns anos, não muitos para me auto intitular um velho e nem poucos para ver a vida ( pessoas ) com olhos de inexperiência. As pessoas que nos cercam, com toda certeza, influenciam demasiadamente no nosso dia-a-dia, umas mais diretamente e outras nem tanto. Claro que podemos ser prepotentes a ponto de bater no peito e dizer "não me importo com ninguém", mas isso seria uma grande mentira, todo mundo tem alguém cuja a opinião, afeto, sentimentos, lhe atingem, feliz e livre é aquele que não tem ninguém, mas ninguém mesmo! Mas estar ligado a pessoas não é de todo ruim, pelo contrário, quando estamos ligados as pessoas certas elas nos complementam, nos ajudam a seguir em frente nesse caos existencial que chamamos de vida. Porém, sempre existe um porém, ficamos a mercê dos mais próximos, nos tornamos frágeis, mesmo aqueles que se dizem "corações de pedra", é impossível não se apaixonar pelas pessoas que nos cercam no dia-a-dia, essa paixão da qual falo é a paixão de Cristo e não a paixão de Romeu e Julieta que fique claro, todo mundo tem um lado bom pelo qual nos encantamos, e com toda certeza teem um lado horrível, sujo, ruim com o qual temos que nos acostumar na maioria das vezes. O ser humano é uma mistura homogênea daquilo que chamamos de bem e mal, um pote onde todas nossas paixões estão misturadas, amor e ódio, humildade e arrogância, amizade e traição, generosidade e vingança, carinho e magoa, esses sentimentos estão todas na essência humana, e se aprendi algo na vida é que por mais que tentemos é impossível negar a essência. E sempre acabamos descarregando nossas paixões naqueles que estão por perto, ninguém maltrata um estranho na rua, assim como ninguém diz "eu te amo" para o mesmo estranho. Nós só sentimos falta, ódio, amor, saudade, raiva, pena, compaixão, carinho pelas pessoas que conhecemos, que fazem parte das nossas vidas, para o resto somos indiferentes, o resto é o resto, até o acaso nos levar até eles e transformar a até então indiferença em outro sentimento. E no decorrer de um ano acabamos magoando muita gente, ferindo com palavras aqueles que estão sempre ao nosso lado, por egoísmo, medo, ciumes, inveja, outras paixões que EXISTEM dentro de cada um de nós, mas negamos e tentamos escondê-las porque nossa tradição judaico-cristã rotula como sendo "más", não digo que sejam más nem boas, são simplesmente humanas, não tem como negá-las, mas tem como controlá-las, assim nos tornamos pessoas melhores, quando aprendemos a controlar nossas paixões, e direcioná-las nos momentos exatos e para as pessoas certas. E nesse intervalo de treze luas também fazemos coisas que são rotuladas como "boas", amamos, ficamos felizes pelos outros, sempre ajudamos alguém de perto esperando que essa pessoa se de bem em algum sentido, como já disse antes, somos uma mistura do que chamamos de bom e ruim. E nos últimos dias do ano começam as reflexões sobre tudo que ocorreu, mas o povo insiste em olhar a vida para fora, toda uma cultura capitalista, materialista, egoista acabou tirando o sentido do verbo "viver", não nego que ter dinheiro, status e ser desejado(a) não seja bom, é bom para "caralho", mas a vida não é só isso, na realidade essas coisas deveriam ser vistas como recompensa por aquilo que somos, e não por aquilo que temos, infelizmente tudo seguiu um caminho diferente, não vou dizer errado mas diferente e menos humano. A humanidade está perdendo o feeling a cada ano que passa, mas isso não nos afeta a não ser quando alguém de perto, alguém daqueles que consideramos, começa a se deixar levar, ou sempre foi assim e só agora começa a mostrar aquilo que sempre foi, quando isso acontece o afastamento é inevitável, principalmente para aqueles como eu que não querem se contaminar, não agora. Mas enfim, em um ano acontece muita coisa boa e muita coisa ruim, e na maioria do tempo não acontece nada, o que nos resta é aprender com todas nossas experiências e tentar ao máximo viver sem esquecer da essência, be yoursef, se não nos tornamos hipócritas, e se existe algo ridículo e de dar pena é uma pessoa hipócrita. Enfim, feliz ano novo para mim, para vocês, com muito crescimento espiritual, diversão e sorrisos, e muita musica. Que não faltem cigarros e cervejas, porque o caminho é longo e não iremos nos render, não hoje. =)



PS: Conselho em forma de enigma para 2009. " Cuidado, você vive entre humanos" ;D

sábado, 27 de dezembro de 2008

Eu poderia ser ...

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”


Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Doente.

Sinto que minha alma está doente, pede ajuda
grita desesperadamente pela cura, que insiste em não vir.
Já tentei várias terapias, filosofias, crenças, drogas, remédios
mas nada adiantou, tudo que tentei foi/é em vão.
Consigo conviver com essa doença, escondê-la, suportá-la
mas nada que tentei/tento consegue curá-la.
Ela machuca por dentro, corroi, arde, queima, arruína, fere
de uma maneira quase insuportável.
Minha alma doente anseia desesperadamente pela cura,
chora como criança longe da mãe, grita como amante abandonada,
e após o tormento de crise, se recupera como mulher largada,
que não morreu pelo acontecido, mas fica com sequelas para vida toda.
Talvez essa doença nunca vá embora, talvez não tenha cura,
diferentemente dos filmes que aliviam meu coração,
a cura não irá aparecer amanhã trajada de vestido, com sorriso meia boca,
então me resta suporta-la pelo resto da minha vida,
posto que ela não me matará e nem me deixará livre.

domingo, 2 de novembro de 2008

Hey Judy, não entra em bad.


Mesmo sendo adulto, alguns dias são dificeis de se comportar como tal.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Caos


destruição, caos, destruição, caos

caos, destruição, caos, destruição

para se criar algo novo devemos destruir algo antigo.

Tudo tende ao caos, tudo tente ao CAOS.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Um copo vazio.


- Aceita mais um drink senhor?
Ele olhou para o bar man um rapaz de aparência jovem, físico de quem pratica academia ou algum esporte, barba por fazer, aparentava ter uns 25 anos no máximo.
- Você tem esperança meu amigo?
- Desculpe senhor, não entendi a pergunta. Perguntou se tenho esperança ou se tenho algum drink com nome de esperança?
- Esquece amigo, pode me trazer mais uma cerveja.
O garçom sem entender muito foi buscar outra cerveja, não se assustou com a pergunta do homem, trabalhava a tanto tempo como bar man que estava acostumado com as mais inusitadas situações. O homem então, até agora desconhecido para o garçon, para você que lê e para mim que tento de uma maneira pouco dotada descrever tal situação, peço-lhe desculpa pela minha intromissão prometo que foi primeira e única. Voltando então ao homem, estava sentado ao lado do balcão, vestia um terno velho por cima de uma camiseta branca sem estampa alguma, dessas extremamente baratas, um jeans escuro quase em tom desbotado, calçava sapatos não muito velhos nem muito novos, na realidade era mais um homem qualquer dentro do bar, todos os homens ou mulheres são apenas mais um qualquer dentro de um bar, isso na visão do bar man, e me arrisco a dizer na visão de quem está lá também. Do seu lugar ele encarava a prateleira repleta por garrafas de bebidas de todas as cores, formatos e nomes estrangeiros, algumas ele reconhecia, algumas ele já experimentara e outras ele apenas reconhecia o nome russo, alemão, inglês. Atrás do balcão tinha uma geladeira daquelas antigas, que vinham com uma espécie de alavanca na porta usada para abri-la, a porta era repleta de adesivos de bandas, rádios, lojas, marcas, mal dava para saber a cor dela, ao lado da geladeira tinha uma espécie de janela que ligava até a cozinha, de vez em outra as cozinheiras passavam de um lado para o outro. Era um bar bacana e tinha a cerveja barata, na realidade sem companhia qualquer bar se torna bacana desde que tenha cerveja barata, mas aquele em especial tinha cerveja barata e tocava musica agradável, então nosso homem desconhecido se sentia menos solitário sentado na beirada do balcão.
- Aqui está sua cerveja senhor.
- Obrigado, se não for muito pode me arrumar um cinzeiro?
- Claro senhor, um minutinho.
O homem desconhecido então retira de seu bolso uma carteira de cigarros um pouco amassada nas beiradas, abre e puxa um com a boca, deixa a carteira em cima do balcão e acende o cigarro com os fósforos que acabara de retirar do outro bolso do palito. Fica então fitando o garçom indo e voltando depois com o cinzeiro em mãos.
- Aqui está senhor.
- Obrigado.
Por um momento ele sentiu intensa vontade de conversar com o garçom, sobre qualquer coisa, musica, livros, filmes, mulheres, amores, vida, mas manteve-se calado, há tempos não puxava conversa com ninguém, há tempos não sabia o que era ter uma conversa espontânea, encontrar sua mente em outro corpo, então desiste da ideia dando mais uma tragada no seu cigarro. A sensação de relaxamento que o tabaco proporciona começou a fazer efeito, ele se acalmou e começa a prestar atenção na musica tocando, era Chico Buarque, nada mais digno para um meio de noite de uma terça-feira qualquer. Logo o homem desconhecido começou a olhar para os lados, à procura de um rosto conhecido, algo difícil de acontecer posto que não tinha muitos amigos na cidade, pensando bem teve poucos amigos na vida. Avista dois amigos jogando sinuca, ambos jovens com jeito de universitários, sorrisos atoa, cabelos curtos e toda jovialidade disponível para aqueles que a vida foi mãe e não madrasta, nos sofás de canto um grupo de pessoas conversando e rindo bem alto, pareciam ser amigos há anos, então ele se lembra que já teve um grupo assim a muito tempo atrás, aquela nostalgia rápida arranca um pequeno sorriso, sorriso que dura pouco tempo, e nas mesas de centro uma garota sentada sozinha, cabelos bem pretos e lisos que reflectiam um pouco da luz do local, pouca maquiagem, pele extremamente branca, digna de pessoas noturnas, boêmias, estava fumando também, estava fumando de uma maneira extremamente elegante, tinha o cigarro em mãos e o cotovelo apoiado sobre a mesa, com a outra mão mexia no celular, deveria estar esperando por alguém, pelo namorado, affair, encontro, amigos. Ela então, ao perceber que ele a fitava com os olhos escondidos atrás de um par de óculos que pela aparência eram de grau bem elevado, direcciona-lhe um meio sorriso que misturava uma expressão de decepção com um olhar de "eu já esperava". O então homem desconhecido sente uma imensa vontade de se aproximar da garota, que aparentava ser uma garota bem interessante além de ser bonita, sabia que aquele sorriso era um sinal verde para uma possível aproximação, não era nenhum dom Juan mas conhecia alguns sinais femininos. Nunca foi lindo e nem atraente, mas teve alguns casos, sabia que era interessante e que tinha um bom papo, para certo tipo de mulheres, que na sua juventude costumava chama-lo de publico alvo. E aquela garota ali sentada aparentemente se encaixava nas qualidades que tais garotas tinham, se fosse conversar com ela no mínino teriam uma noite descontraída, com assuntos interessantes, risadas, coisas em comum, iriam criticar algum escritor famoso e falar mal do diretor aclamado na midia por fazer filmes com cenários psicodelicos, cantariam trechos de alguma musica do Chico ou Los Hermanos, trocariam emails então iriam embora encantados um pelo outro. Ele chegaria em casa e iria direto para o computar adiciona-la no MSN, logo que sua janela subisse ele colocaria a sua melhor foto na janelinha, ouviria alguma coisa que ela citou que gostava, os assuntos teriam um recomeço, agora cada um no seu pequeno mundo, ela mandaria uma musica para ele, ele mandaria um video para ela, ela colaria trechos de seus autores preferidos para ele ler, ele comentário sobre seus filmes preferidos, ela iria oferecer chá, café ou suco para ele via MSN, ele iria contar que sabe se virar bem na cozinha, ela iria se auto convidar para experimentar, ele convidaria ela para jantar no apartamento dele, ela iria dar uma gargalhada na frente do computador ao ler o convite, ele iria rir sozinho ao ver que ela aceitou, ela comentaria que estava quase amanhecendo e tinha que dormir, ele estava morrendo de sono na frente do PC mas era cortes e não dormiria antes dela, ela diria tchau e desejaria bom resto de noite, ele marcaria o dia do jantar, ela confirmaria, eles ficariam offline, ela iria ler o registo da conversa e passar o mouse em cima das partes "fofas", ele iria ler também para ver se não tinha cometido nenhum erro, eles dormiriam no mínimo encantados. Ele já tinha vivido aquilo algumas vezes, e gostava demais dessa parte, da descoberta. Mas também sabia que isso duraria dois, ou com muita sorte, três meses, depois viriam as primeiras brigas, os primeiros desentendimentos, brigas por coisas banais, a relação começaria a ficar gasta, ela começaria a trata-lo com aspereza, ele começaria a ficar mal humorado na presença dela, ela faria coisas para irrita-lo, ele começaria a ficar distante na presença dela, ela começaria a falar coisas que indirectamente o magoariam, ele começaria a trata-la com indiferença, ela iria se encantar por outro alguém, ele terminaria com ela, eles nunca mais se falariam, e ele voltaria a sentar ali, na mesma mesa de bar, fumando o mesmo cigarro amargo e bebendo a mesma cerveja barata. As coisas com ele sempre aconteciam da mesma maneira, talvez fosse ele, talvez a vida, ou Deus, ou ele fosse apenas um ser sem sorte.
Então após um momento ele para e da uma forte tragada no seu cigarro, ajeita seus óculos e retribui o sorriso para a garota. Vira-se para o balcão e chama o garçom.
- Sobre a esperança, esquece que pedi e me trás outro copo de solidão.

domingo, 26 de outubro de 2008

Domingo à noite tem cara de fim.


Um homem com uma dor


um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegasse atrasado
andasse mais adiante

Paulo Leminski

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mad World


"Fico vivendo uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo, ouvindo música o tempo todo."


Caio Fernando Abreu



Sem inspiração alguma para escrever, branco total. Queria escrever algo interessante, bonito, sentimental, com gosto de domingo à noite ouvindo Death Cab for Cutie mas não consigo, não tenho esse dom, mas Caio Fernando tinha, e demasiadamente! Me identifico demais com o que ele escreve, cada personagem, cada ato, cada sentimento, situação tudo! Parece que sou eu ali, que ele me descreve em seus contos, textos. Eu me sinto da mesma maneira como ele se sentia em relação a vida, sentimentos, detalhes, solidão, talvez tudo seja como na frase do Donnie Darko " algumas pessoas já nascem destinadas a tragédia, melancolia ". Tenho dias felizes, mas sempre no final de tudo me pego sozinho na frente do PC ouvindo Death Cab ou outra coisa qualquer com muitas notas tristes, assistindo a vida passar, e não é por falta de amor, que esse sobra em mim, quem sabe seja por excesso dele.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

doce amargo do meu ser


tendo desesperadamente escrever algo, tento passar para o papel o que se passa dentro de mim nesse momento, mas todas as palavras do mundo resolveram fugir da minha cabeça, foram embora para algum lugar muito distante, de-fi-ti-va-men-te me abandonaram, ou tudo isso que estou sentindo agora, esse gosto doce-amargo na boca, esse nó na garganta, esse desequilíbrio desejado, talvez tudo isso não tenha descrição, talvez o homem com todo seu vocabulário rico e variado, complexo e muitas vezes incompreendido, não tenha palavras para descrever tal sentimento. É uma vontade exagerada que se envolve com cada célula do corpo e cerca cada pensamento impossibilitando a mente de desviar sua atenção para outro assunto qualquer. Os olhos fechados vêem a imagem de tudo se concretizando, quando eles se cerram, a porta para a mente sonhar é aberta e o resto do corpo consegue metafisicamente encontrar o conforto e a paz no tão desejado paraíso utópico, que tem como alicerce esse sentimento indescritivel. Tal sentimento me consome demasiadamente, não consigo me livrar dele, e não o quero também, dele eu me vejo escravo, servo, dono, companheiro, vitima, amante, amigo, senhor. Mas apesar de ser tão forte, de ter armas desconhecidas e de usar estratégias infalíveis, ele não é completo, pelo contrário, penso eu que ele nasceu para ser incompleto, ato que faz com que ele esteja sempre à procura de sua outra parte, que de-fi-ni-ti-va-men-te é semelhante a ele em género, numero e grau, fazendo com que ele só se sinta em paz, confortável na presença de outro de mesmo tamanho e intensidade. Toda essa complexidade sentimental faz de seus portadores raros e únicos, solitários e fortes, tão fortes que têem a solidão como escolha, antes a solidão escolhida do que a presença indiferente, seus portadores tornam-se muralhas ultrapassáveis, e do topo dessas muralhas eles ficam a procura de seus iguais, a procura de alguém que saiba respeitar e entender o fato de ter nascido portador de tal sentimento. Alguns acabam desistindo da procura e ficam sentados no topo assistindo a vida passar, esperando até que alguém consiga escalá-la, outros lutam intensamente até encontrarem pelo menos um, e esse encontro é indescritível em palavras, tão indescritível quanto ao que sinto nesse momento. Existem pessoas que acreditam fielmente no ditado " os opostos se atraem ", mas também existe uma parcela minúscula que acha tudo isso balela, mentira para vender romances de segunda linha, que a paz desejada só é encontrada nos iguais, eu me vejo no segundo grupo, talvez porque isso que eu estou sentindo de alguma maneira pertence as pessoas desse grupo, e sei que minha paz, meu conforto, meu amor só nasce na presença de pessoas semelhantes, desde que descobri isso em mim, a minha escolha é apenas uma, se não for do meu mundo não quero, se não for igual prefiro a solidão, mas se for do meu mundo sempre faço de tudo para realmente valer a pena.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Te Juro!!! ( para ler ouvindo Damien Rice )


Então eu te pergunto, como foi que chagamos aqui? Você com sua memória forte, capaz de guardar os menores detalhes, você que sempre usou dessa arma fatal para me por contra parede, sempre me cobrando datas comemorativas, pequenas situações que vivemos em determinado lugar, horários. Você lembra do dia do MSN? Logo que nos conhecemos, te chamei para sair às 2:00 da manhã, você no começou achou loucura, mas acabou topando, acho que foi ai que me apaixonei, quando você disse sim para algo que eu esperava um não, foi ai que me apaixonei de verdade, porque encantado eu estava desde o dia que te conheci. Marcamos de nos encontrar perto do seu apartamento, na frente do antigo Lino's Bar, como eu morava mais longe, sai mais cedo, te juro que estava morrendo de alegria, parecia uma criança que tinha acabado de ganhar o presente que tanto sonhara, vesti uma calça, coloquei minha única camiseta limpa e não amassada, aquela branca do Death Cab For Cutie, que algum tempo depois você se apossou, por cima um moleton de lã cheirando a guardado e logo após meu terno preto. Cheguei no ponto de encontro alguns minutos adiantados, aquele tempo que fiquei ali te esperando foram os mais demorados de toda minha vida, era algo interminável, se tivesse levado meus cigarros teria fumado todos, um após o outro, ficava pensando sobre tudo, a roupa que você viria, sobre o que conversaríamos, se eu deveria falar mais do que ouvir ou vice versa, enfim, minha mente incansável só parou de trabalhar quando avistei você dobrando a esquina, encolhida de frio dando passos rápidos, na hora comecei a conferir a roupa que você estava, mania que você também tem, reparei que estava com um moleton preto desses que temos a anos, calça de ficar em casa aquelas totalmente mendigas mas as mais confortáveis, chinelo que não me lembro a cor e seus óculos de grau, que você mais tarde revelou que odiava usar, você estava completamente simples, como você mesmo sempre se auto denominava, estava largada, e isso me cativou demasiadamente, ver essa sua simplicidade nos momentos onde a futilidade é descartável, você era tão humana, tão meiga, tão amável, quando você chegou perto e me cumprimentou com um aceno de mão, mão que estava quase que inteira para dentro da manga da blusa, senti no meu estômago as famosas borboletas, minha barriga gelou, minha voz travou, fiquei completamente atônito, não sabia o que fazer mesmo, só sabia de uma coisa, que era com você que eu queria ficar aquele momento. Chegando no supermercado você foi logo puxando um daqueles carrinhos pequenos, primeiro o corredor de bolachas, depois pegou uma barra de chocolate e eu peguei a coca-cola, passamos no caixa de uma conhecida sua e você ficou alguns minutos conversando com ela sobre épocas onde eu nem imagina fazer parte da sua vida, peguei as sacolas e fomos comer nossas besteiras no banco da praça mais próxima, parecíamos duas crianças comendo chocolates, cheeps o seu de doritos e o meu baconzitos, e uma coca-cola ao lado. Ficamos ali horas e horas conversando, parecia que o assunto nunca iria acabar, começos com coisas em comum como Death Cab For Cutie e Filosofia, depois coisas do cotidiano de cada um, depois historias dos nossos últimos romances, era tanto assunto que o meu maxilar chegou a doer. Ficamos ali até amanhecer, eu todo preocupado perguntando se você queria ir embora, e você sempre respondendo que não, de maneira alguma, que estava gostando de tudo aquilo. Toda magica desse dia terminou com você encostada em mim quietinha e eu ali observando você com cara de sono, e o sol nascendo por trás das árvores, alguns caras indo embora depois da balada, algumas pessoas saindo para trabalho, e nós dois ali quietos, observando o ir e vir, depois de uma noite uma madrugada perfeita, foi nesse dia que eu vi que estava em suas mãos mesmo. No começo eu não sabia como agir, você era diferente de todas, era perfeita para mim, cada palavra, cada pensamento, a maneira como você se expressava, seu jeito todo fofo para certas coisas, e tão mulher decidida em outras, eu prestava atenção em tudo isso, te juro! Logo na primeira semana que começamos a sair para valer, lembro de uma conversa nossa, que se não me falha a memoria foi ali na Rui Barbosa, você disse que queria ir jogar comida para os pombos, e ali era cheio de pombos, e por ser sábado a tarde pouca gente passava por ali, fazendo com que os pombos ficassem mais tranquilos no chão, fui até o pipoqueiro que ficava ao lado do tubo e comprei dois saquinhos de pipoca, comi o meu assistindo você jogar o seu completamente inteiro para os pombos que naquele momento nos rodavam, juro que aquele momento ali foi de tamanho impacto para mim que não sei explicar, me senti naqueles filmes água com áçucar, te juro! Então você começou a falar, disse que eu estava se tornando muito especial para você, que se sentia segura e confortável comigo, e que eu estava sendo o primeiro cara que estava demonstrando interesse por você, ou pelo menos estava fingindo bem, juro que essa sua piadinha com verdade de fundo foi outro ponto que fez minha paixão aumentar, você ali sendo honesta comigo, demonstrando seus sentimentos e seu controle sobre eles, e se eu fosse um desses caras que não valoriza isso? Se fosse um desses caras que não está interessado em mente mais sim em carne? Mas de alguma maneira eu sei que você tinha certeza das minhas intenções, e de certa maneira você teve as rédeas da situação desde o começo, você sempre foi o lado forte da relação. Nesse dia, após toda sua franqueza, todas as cartas jogadas na mesa, depois do seu discurso a lá Simone de Beauvoir , depois de você ficar falando por mais de meia hora que tinha defeitos, que era ciumenta, que era burrenta, que era chorona, se desculpando por coisas que nem tinham acontecido, aquilo foi muito intenso dentro de mim, foi uma sensação de descoberta, de esperança, após ter desistido de procurar, você apareceu da maneira que eu sempre sonhei. Nas primeiras semanas ocorreu tudo perfeito, cada detalhe, aconteceu tudo certo, e o que não deu certo acabou numa das melhores noites, você lembra? Fiquei de te buscar na saída da faculdade às 22:30 hrs, depois passarmos no seu apartamento onde você iria se aprontar para irmos ao teatro para vermos a peça Os Malefícios do Tabaco, de Tchechov, eu nunca fui fã de teatro, mas você adorava demais. Lembro de chegarmos no seu apartamento, que ficava na rua acima da praça Osório, caminho que fiz muito aquela época, e você perceber que tinha perdido os ingressos que estavam na sua bolsa, você ficou muito puta da cara, me assustei pela primeira vez, você irritada falando palavras pesadas, ficou vermelha e com uma cara de total reprovação, como se tivesse feito todo um plano para aquela noite e tudo tivesse dado errado, sentou toda decepcionada no sofá, ai então te abracei dizendo calma, vamos fazer outra coisa, o importante é estarmos juntos, e naquele momento eu te juro, para mim era isso mesmo! Você concordou, foi tomar seu banho e eu fiquei ali na sala olhando suas coisas amontoadas na pequena estante, fotos com seus amigos, alguns eu já havia conhecido outros nunca tinha visto, seus cd's todos organizados, avistei três Belle and Sebastian, Ok Computer do Radiohead, todos do Coldplay e um Travis. Você tem ideia do impacto que isso fez em mim? Tinha livros, a maioria velhos com cara de sebo, sempre te achei com cara daquelas garotas que vivem em sebos, procurando livros e vinis, mesmo sem comprar nenhum, mas só pelo fato de toca-los, admira-los, senti-los. Não resisti e me desloquei até a varanda para acender um cigarro, ali em pé olhando pela janela um pedaço da noite curitibana, o clima frio e o céu sem nuvens, o ar gostoso que batia naquela hora da noite, fecho os olhos hoje e lembro daquela imagem. Você saiu do quarto, com uma blusa linda, listrada preta e branca, uma bolsa preta discreta e um rostinho mais animado, chegou brigando e me dando ordens, foi logo dizendo que não era contra eu fumar, desde que evitasse fumar ali dentro, meses depois conquistei um cinzeiro na sua sala, foi uma vitória que comemoro até hoje! Saímos pela noite curitibana sem destino, aquela sensação de noite frustrada estava se aproximando, quando você teve a ideia, que a começo parecia boba, de irmos a todos os lugares que achávamos mais bonitos na cidade, uma escolha de cada. Você começou escolhendo o prédio da UFPR no alto da XV de Novembro, começamos a andar em direção à XV, encontramos alguns bêbados, prostitutas horríveis, das quais fiz uma piada para tentar arrancar um sorriso seu, adorava arrancar seus sorrisos, eles eram como um elixir para mim, renovavam minhas energias completamente, por isso fazia o máximo de piadas com a intenção de vê-lo mais uma vez. Chegamos ao prédio da UFPR, você ficou em pé contemplando o prédio, um olhar muito distante, a curiosidade bateu na minha cabeça, te juro que fiquei curioso no que você estava pensando mas não perguntei nada. Então você me puxou pelo cachecol, adorei aquilo, e fomos sentar na escadaria semi iluminada, ali na escada fiquei horas ouvindo você falar do seu dia, das explicações dos seus professores, o que comeu no intervalo, essas coisas que casais recem formados fazem, usei o termo casal sim, nesse dia já éramos um casal. Depois fomos até o Muller, Museu do Olho, e praça do Japão, isso já estava quase amanhecendo, eu cansado e você puxando minha orelha por eu fumar. outro momento marcante para mim, quando você começou a se preocupar comigo, com coisas que eu fazia, as vezes elogiando e na maioria das vezes punindo. Se lembra bem desses dias, dessas emoções, da intensidade como tudo ocorreu? Sinto por tudo ter acabado, sabíamos que iria acabar, éramos românticos e perfeitos demais um para o outro, era algo surreal demais para existir, como eu sempre brincava com você. A separação foi difícil para os dois, lembro das recaídas, dos telefonemas na madrugada, dos emails, dos scraps com carinhas ou frases curtas com certo ar de saudade, lembro de tudo! Mas fomos fortes e seguimos em frente, ainda não sei como chegamos aqui, te juro! Por isso venho te perguntar, como chegamos aqui? Já aceitei o fato de não ter você para mim, depois de ter sofrido muito, sofrer por amor é tão poético, tão romântico, sofrer por amor verdadeiro, admirável, adulto, amor intenso, indiferente se é de pouco tempo ou não, é tão bom sofrer por esse tipo de amor, não concorda?. Tudo mudou, nossas vidas, as pessoas que nos rodeiam, você está super bem, mais linda que nunca, eu também não estou nas minhas piores fases, mas sempre bate a nostalgia, as lembranças voltam, e vejo que como você foi marcante na minha vida, e serei presunçoso a dizer isso, mas creio que você sente o mesmo por mim. Vou me despedir por aqui, já lembrei demais por hoje, enfim, se souber a resposta da minha pergunta um dia me responda, ficarei feliz em saber, mesmo sabendo que hoje não fará diferença alguma saber ou não, visto que tudo acabou e a página viramos. Mas não minto, ainda tenho todas as coisas que você me deu, bem guardadas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Letter To Elise


Tem tanta coisa que você precisa ouvir saindo da minha boca, um jogo gigantesco de palavras que juntas irão formar frases que seus ouvidos devem ouvir, só assim minha alma descansará em paz, só assim darei sossego a minha mente muitas vezes insana! Não é nada ofensivo te prometo, são palavras que só terão vida quando saírem da minha boca e entrarem pelos seus ouvidos, logo após isso, após o nascimento delas, sinto que estarei livre, minha mente estará livre e meu coração, hora baqueado hora superlotado, voltará a ser como sempre foi, nulo e observador. Talvez elas não cheguem a fazer sentido algum à você, mas desde já peço perdão pelo meu ato egoísta, mas o nascimento delas diz respeito unicamente à mim. Não me vejo preso, posto que sou livre, mas me vejo no dever de tal ato para comigo, e posso ficar devendo favores a muitos, mas me recuso a dever favor à mim mesmo, então me devo, e você irá ajudar-me a pagar tal favor, posto que me ouvirá, nessa ou em outra existência, mas me ouvirá. Se não entender nada do nascimento de tais palavras, não me pergunte o significado delas, só sei que elas devem existir, como uma mulher perto dos 40 que nunca teve um filho se quer, me vejo na obrigação de dar vida a elas logo, é como um dever hoje, um sentimento que morreu e se transformou em dever para comigo. Então um dia, nesses encontros casuais você me ouvirá, ficará ouvindo calada, talvez me entenda, talvez me odeie, talvez me bata, talvez me ignore ou talvez me ame. Mas me ouvirá, tenho certeza disso, posto que dentro de você ainda existe uma parte que deseja ouvir o que tenho à dizer, não sei qual a intenção dessa parte que você insisti em manter adormecida, mas sei que ela está ai preparada para ouvir a qualquer momento, logo que essa força que rege o mundo, que muitos chamam de Deus, destino, vida, nos conceda uma oportunidade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Egg


Do lado de dentro é bem mais confortável.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Companheira.


Hoje a solidão insiste em ser mais forte, já usei de todas as armas que tinha em mãos para tentar repeli-la, mas nenhuma das minhas armas hoje é capaz de vence-la. Acendo mais um cigarro e tento inutilmente distrair-me, tento em vão encontrar uma musica que consiga por cinco minutos fazer com que minha mente se distraia. Penso quando foi que me tornei assim vitima da solidão, puxo em minha mente todo filme da minha singela vida, todos os acontecimentos que me levaram a ser como sou hoje, e não consigo achar o instante exato que ela com seu beijo gelado me conquistou, talvez ela tenha nascido comigo, talvez seja obra do destino, destino que outrora eu nunca dei credito ou crença, destino que para mim sempre foi uma palavra subjetiva demais para meu mundo, hoje começo a acreditar que talvez ele exista, antes crer na existência do destino do que viver com a certeza de uma existência sem sorte alguma. Em dias de força consigo conviver com ela sem condena-la ou julga-la, tais dias chego a ver ela como amiga e professora, mas dias como hoje quando a minha mente cede suas forças para a emoção, ela é mais vilã que amiga, vilã cruel e sem piedade, que machuca sem receio algum. Já procurei varias maneiras para suporta-la nesses dias, mas tudo que tento ou tentei acaba sendo em vão, ela termina sempre vencendo e sorrindo para mim, demonstrando em seu olhar distante e misterioso que nesses dias ela é mais forte que eu. Então me resta apenas a esperança de que nem todos os dias serão assim, que dias melhores virão, que esse gosto amargo que minha boca tanto rejeita é passageiro, que terei dias onde ela não será minha única amante, é na esperança de dias assim que penso direcciono meus pensamentos, para não enlouquecer ou surtar.

domingo, 5 de outubro de 2008

"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem...
Você não só não esquece a outra pessoa como ainda pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável..."
M. Quintana

sábado, 4 de outubro de 2008

Sem titulo (04:12am)


Cansado de hipocrisia, de falsa companhia
falsos sorrisos e atitudes forçadas
deslizando pela monotonia não desejada
decepção com a imagem deles(as)
que minha mente mal educada, insiste em criar
o desejo de sumir e desaparecer bate a todo momento
vontade de sentir com alguém, alguém com alma
que não seja só imagem, e atitudes mal elaboradas
ver as pessoas se destruindo, mesmo antes de se construírem
fazendo coisas sem ao menos sentirem
serem levadas pelo medo ou necessidade
sendo controladas pela sua mente covarde.
Tenho tanto amor em mim, mas vivo sozinho
ironia do destino, que insiste em comigo andar
não é falta de amor que me machuca, é falta de quem amar
mas quanto mais alto voamos, mais difícil fica de alguém encontrar
e todo amor vai se acumulando, se alojando
e em outras direções sou obrigado a canaliza-lo,
para que seu excesso não destrua minha mente,
e meu coração, com todo esse acumulado
insiste em procurar aquela que um dia
terá o direito de manipula-lo.
Ela que virá pura e ingênua, simples e serena
com conteúdo e atitude, personalidade e paixão
que se alimenta de musica e respira paixão
descontente com o mundo ao seu redor, irá em mim encontrar
um lugar para fugir, para se encontrar
nela encontrarei meu porto seguro, para meu barco ancorar
e juntos seremos um ser, que na realidade somos desde já
mesmo antes de nos encontrar.
Mas esse dia que insiste em não vir,
que tenho medo de nunca chegar a existir
é da esperança dele, que tiro forças vitais
para mais uma noite de insonia e pensamentos ilusórios
eu possa suportar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008


Conversas sinceras, inteligentes, com conteúdo e graça, humor e seriedade. Muita musica e sentimento, um feeling raro nos dias atuais, sorte saber que ainda existem pessoas assim, e coisas desse tipo com toda certeza despertam interesse e a esperança. Como dizia o filosofo, o homem só será feliz na presença dos seus iguais.

PS: quem se contenta com merda não passa de um porco(a).

Para os fortes de espírito boa sorte e Votem 12.

sábado, 27 de setembro de 2008

Esqueça as tradições, crie você mesmo suas conclusões.


Todo mundo é igual, sempre previsíveis quando o assunto é relacionamento com outras pessoas. Primeiramente se encantam com alguém, mas sentem muito medo de se aproximar demais e se tornarem frágeis, quando por um milagre divino vencem esse medo e se aproximam, se sentem amedrontadas, se tornam paranoicas por terem se aproximado tanto de alguém, por terem tanta necessidade da outra pessoa que até chegam a pensar que não irão conseguir seguir em frente sem ela. Se a relação vai bem, acabam caindo na monotonia e começam a pensar " será que estou fazendo a coisa certa?", e se a relação começa a ir mal, logo arranjam uma maneira de magoar a outra pessoa antes da outra pessoa magoa-la, algo bem do gênero " eu te machuco para você não me machucar", e acabam fazendo coisas das quais irão se arrepender, porque na maioria das vezes a outra pessoa nem tinha tal intenção. Depois que se separam fica aquele jogo " oi estou melhor que você, veja aqui", mostrando coisas que no fundo nem estão fazendo bem para elas, mas se acham na obrigação de fazer para não se sentirem "menores". Como se existisse um padrão, uma lei geral onde diz, todas as pessoas só estão bem quando possuem isso, aquilo, vivem dessa maneira, fazem tal coisa", e esquecem que a única pessoa que sabe o que é bom ou ruim para si é ela mesma. Todo mundo tem medo de relacionamentos, mas sempre estão atrás deles, e os relacionamentos mais doentios são os mais procurados, parece que ninguém fica contente com algo simples, algo comum, algo normal que ao mesmo tempo é completamente diferente, ninguém se contenta com pequenas coisas da vida, com detalhes simples, fofos e acabam se ferrando. Sempre se preocupando com o que os outros vão pensar, tentando achar defeito em tudo, mesmo quando as coisas vão bem. O problema é pensar demais, no ontem, hoje ou amanhã, é falta de confiança, de segurança, de amor próprio, essa efusividade em pegar todo mundo mesmo sem conhecer aos poucos, ninguém mais se conhece, conversa, se descobre, isso é um erro, porque o desejo não pensa, e acaba ferrando. Mas ninguém da atenção para isso nos dias atuais, ou aqueles que ainda pensam nisso acabam se vendendo. É foda ter uma visão de vida que não é adequada ao meio em que se vive. =/



Imagem de Seth Cohen, personagem ficticio que representa a paranoia e a insegurança.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Woodland Hunter


Talvez o tempo tenha levado a esperança, ou ela nunca tenha existido.
Ou tudo que acontece comigo, seja uma brincadeira do destino, talvez alguém se divirta ao ver realmente o que se passa atrás do meu sorriso playmobil.
Toda ironia dessa minha vida, todos os acontecimentos que deixam de acontecer, todos os planos teóricos, e a folha em branco que é a realidade, me faz olhar para baixo e acenar para a multidão. Ter como companheiros mentes mortas, se identificar com os pensamentos de Kierkegaard e não ter com quem conversar. Assinar em baixo de tudo que Sartre disse sobre o homem e sua liberdade, mas ser preso pelos outros, como o próprio chegou a dizer " o inferno são os outros". De nada adianta pensar, isso eu já havia descoberto, mas nos últimos dias cheguei a conclusão que além de ser inútil pensar, é doloroso também, quando não temos alguém para repartir o peso da realidade. Por isso cheguei a conclusão de que irei vender minha vida social. Dinheiro sim é algo importante e faz toda diferença, bens materiais conseguem muito bem disfarçar o lixo humano que as pessoas são.
Mas ainda bem nem tudo está perdido, ainda existem possibilidades.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Eu me Nego!


Não! Eu não irei me negar de ter esse mero prazer carnal, Schopenhauer que me perdoe, mas esse prazer eu não irei me negar. Apesar de reconhecer meu erro, minha alienação, minha compulsividade, eu não irei me negar tal luxo. Cercado de tanta superficialidade, onde eu sou obrigado a dar sorrisos hipócritas e tapinhas nas costas dos outros dizendo " você está certo campeão!" para manter uma vida social e não pirar, me vejo disposto a ter tal prazer do mundo dos bípedes. Esse prazer consciente e inegável eu mereço ter, de tanto tomar tombos e surras na estrada do pensamento, cansado de procurar humanos e apenas encontrar animais vestidos, tão cedo eu cansei e agora a única coisa que quero é meu prazer. Vou continuar procurando, mantendo meu sorriso playmobil e meu tapinha nas costas hipócrita, afinal como já disse antes, eu rio deles e eles de mim, assim mantemos o equilíbrio. E esse prazer eu não me negarei.

Aos fortes de espírito, boa sorte!

Fight Song


Esconder-se atrás de falsos sorrisos e companhias distântes não te fara mais feliz, pelo contrário, vai servir de combustível para o vazio que existe dentro de você mesmo, forte é aquele que, do fundo do posso vê possibilidades, enquanto o fraco nem ao menos chega lá, quando sente que está caindo se agarra no primeiro tijolo bruto que acha em sua frente.

domingo, 21 de setembro de 2008

Você quer dançar?


Se a resposta for fim, você é obrigado a ter em mãos no mínimo o álbum da dupla Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden, mais conhecida por MGMT. Está entre os cinco melhores álbuns que conheci esse ano, na minha não tão humilde opinião claro. Misturando psicodelia, new wave, eletropop e jogando tudo isso em uma panela onde diz "anos oitenta", new order, depeche mode, eles fizeram um álbum contagiante da primeira a ultima faixa, fugindo de toda essa punheta musical ( repetição do que um dia foi bom ) que tem aparecido ultimamente. Time to Pretend e Kids são minhas preferidas. E o bom que eles vem para o TIM festival, mas esse ano os F*** deixaram Curitiba de fora, mas quem sabe numa sorte não encaramos uma SP ae. Pra ver MGMT vale a pena.

sábado, 20 de setembro de 2008

A revolta da musa


E o novo rock vem com tudo no Brasil, uma das bandas que conheci a pouco tempo e já me conquistou foi Ecos Falsos, apesar do nome a banda é bem animada, e com letras inteligentes e criativas.

Estou tendo problemas
Com a minha musa
Não quer mais me inspirar
Só quer ficar reclusa
Diz que vida infeliz como a dela não há

Minha musa não tem
Ideia o quanto é difícil
Dedicar-se à arte
Requer um sacrifício
Mas se não for o dela, sobre o quê vou criar?

Ó minha musa, isso não se faz, isso não se usa
Você sabe que um artista não se dá bem com a recusa
Ó minha musa, como é que nisso tudo eu vou ficar?

Minha musa me acorda
Pra dizer que me odeia
Mando que se cale,
Depois tampo as orelhas
Pra voltar a sonhar em como é lindo o amor

Minha musa casou
Com outro cara do nada
Se mudou pro deserto
E apagou as pegadas
Tem dias que eu penso até que ela me abandonou

Estou tendo problemas Com a minha musa Mas ela vai voltar Só deve estar confusa Vai lembrar com saudade todo bem que eu lhe fiz

Minha musa casou
Com outro cara do nada
Às vezes eu penso
Durante a madrugada
E fico sentindo até inveja do pobre infeliz



Foto do anime Air Tv que ainda não terminei, faltam dois episódios, é muito triste e cute. @@

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bella & Sebastian ( primeira parte )


19:30 hrs marca o relógio quadrado na parede, com pequenos peixes pintados que decoram seu interior, Sebastian começa a se aprontar para passar na casa de Bela, sempre saía de casa às 20:00hrs, mas nesse dia em especial sairia mais cedo, pois havia chegado um parque na cidade, e ele tinha prometido leva-la nele. Colocou seu jeans, camiseta da sua banda preferida e seu moleton meio descorado, que um dia foi de uma tonalidade preta, pegou sua carteira de cigarros, arrumou o cabelo e saiu de casa. Sempre fazia a mesma trajetoria, descia a rua da sua casa, passava na frente da oficina, onde encontrava um senhor com cara de cansado e olhar distante, sempre imagina como teria sido a vida dele, paixões, aventuras, amigos, momentos marcantes, se ele teria feito valer a pena ou apenas passou por ela sendo coadjuvante da própria vida, mais além tinha o mercadinho que um dia foi azul marinho, ficava bem na esquina e sempre nesse horário da noite haviam crianças brincando ali, e alguns adultos jogando conversa fora, sempre ouvia as mães gritando preocupadas " saia da rua, fique longe daí! ", preocupação materna que não tiveram com ele, então ele acahva aquilo estremamente diferente e bonito. Subindo a rua existia uma casa que ele admiriva, em formato de sobrado, com janelas no formato de persianas, era pintada em um tom salmão, na parte de baixo a garagem era uma porta de madeira que tinha "JY" entalhada em si, deveria ser as iniciais do casal de moradores, nunca tinha visto eles, sempre que passava por ali a casa estava fechada ou com apenas uma das janelas aberta, de fora dava para ver a luz de uma TV ligada. Odiava TV, mas se fosse ao lado de Bella ele não se importaria em passar o resto da vida assistindo TV, isso deve ser o significado do amor, ou pelo menos era o significado do que ele estava sentindo no momento. Virando a segunda esquerda após a casa salmão, e seguindo duas quadras retas, ficava a casa de Bella, uma casa bonita, bem conservada, com muros altos e um portão de ferro, sua cor era verde escuro tom pastel, na frente tinha uma caixa de correio onde ela tinha escrito " Bella & Sebastian " usando as chaves dele, no dia seguinte da escrita, contou que seu pai ficou bravo e disse que ia trocar a caixa, passaram quatro meses e a caixa ainda estava lá, com aquele coração todo riscado e dois nomes dentro, feitos com uma calegrafia torta. Quando chegou na casa de Bella, como de costume ele apertou a campanhia que ficava no lado esquedo do portão, daquele local dava ver a janela da sala, sempre após alguns minutos Bella puxava a cortina amarela e dava um sorriso e mostrava a mão em um gesto de " hey, já to saindo >.<". Então Bela apareceu e repetiu seu gesto que havia virado uma tradição entre eles, após alguns minutos ela abriu a porta e saiu. Ela era linda, um pouco mais baixa que ele, cabelos negros um pouco abaixo dos ombros, olhos que pareciam duas jabuticabas, olhos que sempre diziam tudo, um sorriso de meia boca que contorcia seu rosto e formava uma bochechinha linda, que quando ela estava com vergonha ou constrangida ficavam em um tom vermelho arroxado, ele adorava aquela expressão nela, e sempre fazia coisas para deixa-la daquela forma. Nessa noite em especial ela estava mais magnifica que de costume, usava uma calça jeans preta apertada, all star preto, uma blusinha branca com uma estampa de dois ursinhos se abraçando, e um moleton cinza por cima, moleton de ziper que estava aberto mas ela tinha posto a toca deixando os cabelos por cima dos ombros, estava linda no seu estilo largada de ser. Antes de sair pelo portão, o pai dela sempre aparecia na janela dando uma encara em Sebastian, com cara de bravo e de poucos amigos ele comprimentava Sebastian com um movimento da cabeça, Sebastian sempre sem jeito levanta a mão e dava um sorriso de lado, sentia que ele não aprovava muito o namoro dos dois, vários aspectos não faziam deles o casal perfeito, pelo menos aspectos que o pai dela levava em conta, após comprimentar Sebastian ele recomendava alguma coisa para Bela e desaparecia da janela, um dia Bella e Sebastian tiveram uma conversa séria sobre esse assunto, Bela disse que seu pai era muito protector e tinha planos para ela que envolviam outra cidade, outros afazeres, às vezes Sebastian sentia vontade de se afastar de Bela, para não comprometer o futuro promissor que o pai dela tanto sonhara, mas era algo que ainda ele guardava para si. Logo após a cerimonia de despedida, contando com Bella quase que chutando seu cachorro para ele ficar para dentro do portão, seguiram em em direção ao parque, era noite de primavera, mas o clima estava frio, Bella abraçou a cintura de Sebastian e ele colocou a mão direita sobre o ombro direito dela em um meio abraço, e com a mão esqueda ele ficou brincando com os dedinhos da mão esquerda dela, que estava em volta da sua cintura. Os assuntos então começaram a fluir, cada um descrevendo como tinha sido seu dia, os dias de Bella eram sempre cheios e animados, que ela passava quase meia hora para descrever todos os detalhes, enquanto os dias de Sebastian eram monótonos que com cinco minutos ele detalhava tudo, na verdade os dias de Sebastian só começavam a ser contados no momento que encontrava Bella, o resto do dia era para ele apenas o resto. Após os dois terminarem o relatório sobre os acontecimentos do dia, um silêncio veio, Sebastian começou a caminhar olhando para o infinito, Bella odiava aquilo nele, quando ele fechava o rosto e ficava distante com cara de pensativo, ela tinha medo dos pensamentos dele muitas vezes, medo por não saber o que ele estava pensando, e sempre que isso acontecia ela tentava trazer ele para perto dela, usava armas traiçoeiras que iam de beliscões à murrinhos em seu peito, sempre Sebastian produzia um som de dor, que para ela ressoava como alivio, e depois de algumas reclamações ele estava perto novamente. Bella estava muito excitada com o parque, adorava parques, em especial roda gigante e algodão doce, parecia uma criancinha fazendo planos que iam de ir na roda gigante mais de cinco vezes à comer algodão doce até não aguentar. Sebastian apenas encarou o rostinho feliz da garota, que naquele momento transmitiu um sentimento forte de algo ingênuo, da onde ele vinha a ingenuidade morria antes mesmo das pessoas nascerem, e quando ela transmitia essa sensação para ele, era como se a esperança de um mundo melhor e mais justo brotasse em seu peito, como se a bondade ainda existisse, e isso para ele não tinha preço, nada pagava a chama de esperança que ela tinha acendido nele, tocha que tinha se apagado a tanto tempo que ele nem lembrava como era tal sensação. De onde ele vinha sentimentos comuns eram egoismo, tristeza, rancor, sofrimento, solidão, trapaça, e quando ela entrou em seu mundo mostrando para ele coisas como ingenuidade, alegria, companherismo, confiança, esperança, no começo foi algo assustador se deparar com tais sentimentos que ele conhecia apenas através de livros e filmes. Até o atual momento ele não sabe o que ela viu nele, um cara comum, em uma vida comum, de um mundo sem esperança e futuro, apenas mais um cara normal com muitos sonhos e pouca realidade, talvés fosse isso que encantou ela, os sonhos que ele tinha, e fato dela ter encontrado coisas boas jogadas no lixo, um dia iria perguntar qual motivo exato, mas não agora. Passando pela segunda quadra e subindo na frente do Pet Shop estava o parque, de longe dava para o colorido dos brinquedos, na mesma hora ele encorou Bella e viu o reflexo das cores reluzirem no olhar dela, e foi aos poucos contemplando um sorriso de lado se formando, as bochechas se contraindo e avermelhando, eram duas contemplações ao mesmo tempo, ela contemplando o Parque e ele contemplando ela. Naquele exato momento o sentimento era idêntico nos dois, como se o tempo tivesse parado, passado e futuro não existissem, e somente aquilo ali fosse necessário para existência de ambos, um completava o outro, de uma forma inexplicável, e eles tinham total consciência disso. Enfim, chegaram na entrada do parque.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pois é ;D


Analisando bem, cada pró e contra, vejo que o melhor a ser feito é esquecer, deixar estar. São muitos contras, muitas coisas que não podem ser mudadas ou esquecidas assim com passe de magica. É melhor deixar as lembranças boas como lembranças e tocar o barco, existem algumas possibilidades em volta, para momentos felizes também, com tamanha ou maior intensidade, vai de saber aproveita-las. Enfim, a nostalgia bate mas o pé no chão tem que existir, saber diferenciar passado de futuro, deixar as lembranças no lugar delas que são a mente, fotos, musicas e pensamentos. A vida continua, e bem melhor que antes, dias de chorar de rir, festas que ficarão anos e anos nas lembranças, situações cómicas e OWN @@, pessoas novas na trup, com certeza está bem melhor que antes, e então é melhor deixar certas coisas no lugar delas, passado, e seguir a vida em frente curtindo a vibe. Está foda, então o negócio e relaxar e seguir em frente. Sem falar que tem um festival no fim do ano pra fechar com chave de ouro a temporada, PS estará lá, juntamente com o resto da cena, e que novas emoções apareçam, as atuais continuem, e as passadas, bem as passadas é melhor deixar estar ;D

domingo, 14 de setembro de 2008

Oh Yoko (8)


Mais uma do casal mais foda que já existiu. O que eu mais admiro nesses casais é a independência que um tem do outro, cada um com sua vida, sua personalidade, seus gostos, suas paixões, mas acima de tudo isso, o amor incondicional que um sente pelo outro. Nada de contrato matrimonial, nem de dependência financeira, física ou psicológica, mas sim estar junto pelo amor, pela admiração, pela necessidade sadia de ter a pessoa amada por perto, pelo fato de se entenderem com olhares, de saberem a hora exacta de falar a coisa certa para agradar o outro, e também saber a hora certa de não falar nada, mas estar junto, ali quietinhos abraçados. Sem insegurança, sem medo, sem receio, sem nada que possa desgastar o relacionamento, por isso cada um com sua vida, com seus sonhos, sem deixar de se apoiarem, mas sem abrir mão dos próprios ideais. É de ter um pouco de inveja, mas não chega a ser nada utópico, existem muitas pessoas que pensam assim espalhadas pelo mundo, é só ter a sorte de encontra-las, e as vezes elas estão muito perto, mas não percebemos por falta de contato, de dialogo, de espontaneidade, de tempo, ou as vezes por medo ou receio não aceitamos elas quando as identificamos, quando as cicratizes são muito recentes. Mas tenho certeza que não é só o Lennon e a Yoko ou Sartre e Simone que merecem algo do gênero, todo mundo merece encontrar sua Yoko ou seu Seth Cohen, tenho certeza disso.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Par


Detalhe na mão boba do Lennon, esse cara sabia das coisas =)
Casal que da esperança @@

domingo, 31 de agosto de 2008


Está tudo planejado:
se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva
ou se houver vento,
se eu estiver cansado
dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas
conhecidas pela casa
a mesa posta
e gasta
está tudo planejado
apago as luzes, no escuro
e abro o gás
de-fi-ni-ti-va-men-te
ou então
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock
até cair.


(caio fernando abreu)





Vem comigo?

sábado, 30 de agosto de 2008

Nem tente, eu tento, ele não tenta


Se não for amor nem tente, não vale a pena! Se não tiver paixão, emoção, nem venha, pois eu não quero nenhuma esmola!
Quem vive de esmola de amor, de necessidade exagerada de companhia é de ser ter pena, muita pena! E não quero que tenha pena de mim, só quero que me queira, caso eu te queira primeiro! Do contrario não compensa, pois não vou te enganar que te quero, e não acredito que se aprenda a querer, paixão não é disciplina escolar, que você aprende na teoria, paixão nasce de olhares, encontros casuais, palavras e gestos, muitos gestos. Por isso se eu me apaixonar por você em um dia desses, eu te digo que te quero, e se você me querer ou sorrir pra mim, com cara de desentendida, eu farei valer a pena, do contrario nem tento! Tenho muita paixão em mim, guardada especialmente para nosso querer, onde farei valer a pena, para ambas as partes, e sei que vou encontrar o mesmo em você, que espera perto ou longe, não sei onde vou te encontrar mas sei que vou, só assim minha vida valerá realmente a pena!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008


Realmente não vivemos como queríamos viver, todo dia tem um ar de desejo misturado com frustração, um gosto de " eu poderia ". Quando acordamos para vida, e ela não sorri para nós, é ai que começa a caminhada árdua, árdua de verdade mesmo, não são só os problemas comuns que perturbam, antes fossem só eles! Mas os problemas mais metafisicos, que na minha opinião são os verdadeiros problemas, começam a encher a cabeça e tomar conta de todo pensamento. Dai nasce a revolta, arrogância, egocentrismo, raiva, ódio e muita pena, muita pena daqueles que não vêem isso, e o dobro de pena daqueles que podem ver isso. E realmente é impossível seguir em frente sozinho, mas é pior ainda seguir mal acompanhado, na realidade só é possível seguir em frente quando temos a companhia certa. Ou quando escolhemos seguir em frente sozinhos por opção, e não por falta de companhia.

domingo, 24 de agosto de 2008

Fotonovela


Ele diz, em pose de arrependimento: Acredite em mim, é a mais pura verdade!
Ela diz, em pose de inflexibilidade: Me engana que eu gosto. ¬¬

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Amor na Filosofia Existencialista


SARTRE: Simone, donde tanto gosto pelo nebuloso, já que o equidistante não alcançamos com a ponta dos dedos, já que na razão hão há lugar para o medo, já que a solução não está no primeiro parágrafo do livro dos segredos?

SIMONE: Não, Sartre, não há motivo para tal dúvida, posto que o que te perturba é a certeza, pois a tua miopia é a tua própria cegueira, já que não tens o olhar que direciona o aonde ir, já que o quer tu vês é tudo aquilo que mais ninguém quer olhar, por onde ninguém mais quer caminhar.

SARTRE: Mas, Simone, se olho e já não vejo, como será me encaminhar não mais para o teus ouvidos, mas para a tua boca e nela o beijo? Como dizer-te algo mais se as minhas palavras mutaram em arremedo daquilo que outrora eu dizia e que além do espanto causava medo, aquilo que atentava o demônio e aos anjos causavam ânsias de saltar do céu que às vezes é degredo?

SIMONE: Faz-me rir, meu doce e problemático filósofo. A tua tristeza mesmo forçada ainda teima em ser bela. Embora Carolina já nem esteja mais te esperando na janela, embora o teu lamento esteja um tanto fora de hora, embora para a tua senilidade haja apenas meu colo como esteira para a tua saudade, não tarde, pois quem sabe faz a hora.

SARTRE: Ó Simone, Simone de tantos porres, Simone de tantos goles, Simone de tantos gozos, o que tu dizes só aumenta o meu desconsolo, pois não me interessa mais teu colo ossudo, nem teus lábios moles, antes carnudos, nem teus seios mirrados, nem teu ventre fartamente usado. De ti só quero a fala, minha cara, a tua fala que flecha o meu anseio juvenil, a tua fala que me arrebata o peito vadio, a tua fala que cala a minha fala.

SIMONE: Se é minha fala que a ti interessa, antes que eu prossiga nela, posso fazer uma breve menção ao teu falo, então? Não, não falo-ei, pois ele agora dorme em falácias fáceis faroleiras, aliás, deve estar machucado de poeira, pois quase não fala não.Concluída essa breve intervenção, fico feliz que tu te felicites com a minha fala, pois mais que isso falo não.

SARTRE: Ah, Simone, quanta maldade a sua. Pois te esqueces que fui eu que fiz a mim mesmo, depois de mim, tu te assomaste a esmo na tua própria bravura. Se agora resta de mim esse pensador caolho, não podes auferir a ti mesmo essa derrocada, porque, tu foste apenas uma e talvez a derradeira, de todas as mulheres a que me dei e que me deram razão à carreira.

SIMONE: É hora de dar cabo a esse whisky, pois nosso papo já está virando disse-me-disse. Para concluir essa trajetória que toma rumos de tango, fale-me acerca da virtude dos orangotangos.

SARTRE: Sobre tal virtude, pouco tenho a declarar. Parece-me que eles continuam a dar vazão à sua sanha espetacular: bater, beijar, currar, beliscar, morder, lamber, acometer, mas tudo isso sem se submeter ao amar.

SIMONE: Putz!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Antes de tudo, somos a força da vontade


Tudo quanto a natureza compreende, o conjunto dos seus fenômenos, é absolutamente necessário e a necessidade de cada parte, de cada fenômeno, de cada acontecimento pode ser demonstrada em qualquer caso, desde que se possa encontrar a causa de que dependem como dua consequência. Isto não oferece exceções e resulta da autoridade ilimitada do principio de razão. Por outro lado, o mundo, em todos os seus fenômenos é objetividade da vontade, a qual, não sendo ela propria nem fenômeno , nem representação, nem objetivo, mas a coisa em si, não está submetida ao princípio de razão que é a forma de qualquer objeto: não é, portanto, o efeito duma causa, não é, por conseguinte, necessária, isso quer dizer que é livre.



Trecho de O Mundo como Vontade e Representação - Artur Schopenhauer

sábado, 2 de agosto de 2008

eu vou rir de você, enquanto você ri de mim


Como é bom acordar cedo e perceber a total decadência dos valores morais, a total inversão de valores. Coisas que deveriam ser de prioridade, valores realmente humanos são tratados como coisas fúteis, descartáveis, sem valor algum, e coisas fúteis, superficiais, de quinto sexto plano, são tratados com todo respeito e admiração. É uma decadência total na sociedade, uma desumanização inaceitável! O pior é ver a juventude atual se tornando cada vez mais alienada, fútil, vulgar, artificial e burra. O individuo chega em um grupo de pessoas e tenta puxar um assunto interessante, e é encarado de maneira assustadora " você é louco? retardado? doente? que me importa isso?", e as pessoas ali voltam a falar da roupa da Joana, porque a roupa da Joana sim importa, o resto é merda! O Ciclano chega em uma festa, entra em um grupo para se socializar, pois o objetivo das festas é esse, penso eu, tenta falar sobre coisas interessantes, atuais, e logo é ignorado, pois as pessoas ali estão mais interessadas na roupa que a outra ta usando, no carro que novo do Cabelo, se o Seco ta comendo a guria, se o Jucão vai "pegar" a Loira que dava pro Pedão da Padaria, enfim, a festa que era para ser um lugar para descontrair, rir, conhecer pessoas interessantes, se torna um campo de espionagem da vida alheia. Dai o cara tenta criticar tudo isso de uma maneira irónica, para não apanhar do povo, é encarado como um idiota, chega puxa um assunto interessante, é cortado, e ainda sai por OTARIO. Total inversão de valores, os otários, alienados, burros, ignorantes, tapados, estorvos que freiam a evolução da humanidade, apontam para aquele que ainda tem uma semente de esperança dentro si, e ficam rindo. Sendo que eles são o maior motivo de riso da sociedade.
A maior parcela de culpa é da classe média, porque dela deveriam sair os pensadores, os revolucionários, os bons políticos, pelo fato de não terem riqueza demasiada, e não sofrerem com necessidades básicas que a falta de dinheiro proporciona, eles tem tudo para ter consciência, mas são um bando de babacas alienados, fúteis que são levados a viver o " american way of life ", vivem de migalhas do capitalismo, são manipuladas pela moral de rebanho das religiões, estão tão preocupados com suas vidinhas que se esquecem de tentar algo para o bem comum da sociedade, " se foda os outros, quero saber do meu ", e tudo isso termina com um grande AMÉMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM.
Ai eu venho e te pergunto Jão, culpado é aquele que da merda para alguém comer, ou o cara que come a merda sem reclamar? Você vai me responder que pouco se importa, a sua vida consumista, alienada de animal irracional é mais importante que essa ladainha de bem comum, de mundo mais justo, que sentimento é coisa inventada para fazer enredo de novela e seriado, e que arte é coisa de vagabundo viadinho. Então eu te respondo, QUE INVEJA EU TENHO DE VOCÊ, CIDADÃO PODRÃO =/

quarta-feira, 30 de julho de 2008

you made me forget my dreams


por mais que procure, não estarei lá
por mais que olhe, não me encontrará
por mais que tente com muitos, não serei eu
por mais que se esforce, não vai me esquecer
por mais que me odeie, sempre vai me amar
por mais que tente esquecer, sempre vai lembrar
por mais que delete todas as musicas, elas sempre vão tocar
por mais que odeie meu lado ruim, sempre vai sorrir ao lembrar do meu lado bom
por mais que diga não, por dentro a resposta sempre será sim
por mais que tente desistir, sempre haverá uma esperança de tentar.

domingo, 27 de julho de 2008

Um click aqui (L)


Analisando a vida de um mouse, como é interessante a vida de um Mouse. Tem os mouses de Lan House, que todo mundo põe a mão, o dia todo varias pessoas tem eles por um certo tempo e depois descartam, esses mouses pertencem apenas ao dono da Lan, que na realidade pouco se importa com eles, então eles ficam passando de mãos em mãos. Tem os mouses de viciados possessivos, o dia todo sendo apertados e sufocados, esses mouses não tem descanso nunca, os viciados quase paranoicos não largam deles para nada. Tem os mouses daqueles que usam computar apenas nos fins de semana, para descontrair, esses mouses se sentem solitários durante a semana, o único momento que eles tem com seu dono. Ainda temos aqueles que são dividos com outros mouses, mas não sabem disso, as vezes isso chega a ser perto, na mesma casa, mas um nunca sabe da existência do outro. Temos aqueles dedicados unicamente ao trabalho, mouses de escritórios, super dedicados e competentes, mas infelizmente só tem essa utilidade. E os mouses para jogos, super modernos, caros, com destino único de entreterimento online. Alguns tem sorte, pertencem a donos cuidadosos, que limpam bem, cuidam, seguram com cuidado, não deixam ninguém pegar para não danificar, tem toda uma atenção especial com eles, e tem aqueles de menos sorte, com donos que não estão nem ai, vivem sujos, mal cuidados, da pena desses. Os de mais azar são aqueles que nem chegam a ter donos, ficam nas vitrines das lojas, esperando alguém comprar, mas nunca saem, seriam ótimos mouses, iriam se dedicar ao máximo para nunca falhar, mas alguma coisa impede eles de serem vendidos, e ficam mofando, deixando de ser úteis para alguém que realmente precisa de um mouse bom.

Eu sinto, e você?


Sinta a musica Jão, esse é o objetivo principal dela, musica é a extenção da alma, é sentimento, todos os tipos de sentimento, amor, amizade, revolta, decepção, esperança, o resto é mentira!
Quem tem esse feeling entende o que eu digo. Está certo que nos últimos tempos a musica virou uma grande industria, e algumas coisas cairam na moda, é moda falar que gosta disso ou daquilo, mesmo conhecendo no máximo uma musica da banda, na maioria das vezes a musica que tem clip, ou usando da musica para se encaixar em algum grupo social, usando da moda, vestimentos e afins. Esses são os idiotas que queimam a imagem das bandas, que não vivem a musica, não sentem a musica, e sim vestem ela.
Sentir a musica vai muito além, não importa se tem solos virtuosos ou apenas duas notas, o importante é o feeling que ela passa, a mensagem, a sensação, isso é MUSICA. Como para mim, ouvir Always for You do Album Leaf que me passa um sentimento inesplicável de esperança, de que todas as coisas vão dar certo, ou Time for Heroes do Libertines que é uma pancada na cabeça que diz " saia pirar com os amigos ", tem também Kings of Convenience que da um ar de solidão necessaria, Walk On do U2 que diz pra mim, vale a pena viver, continuar. sem falar em Before I forget do Slipknot que é estamina pura na veia!
Tenha esse feeling, independentemente de qualquer coisa, se você acha que faz parte do mundo musical, se quer entrar nele, se tem musica como combustivel, se ela está dentro de você, viva ela, defenda ela, fale sobre ela, se atualize, ouça de tudo sem preconceito, se encontre nela, e o resto que se foda!!!! Um recado eu deixo, SINTA A MUSICA, VIVA A MUSICA, FAÇA MUSICA, VISTA MUSICA, mas faça isso de verdade, não só de aparência, antes de tudo ela tem que estar dentro de você, quem tem isso me entende, porque eu digo com toda certeza, ela pra mim é vida.

" Sem musica a vida seria um erro " Friedrich Wilhelm Nietzsche



E para quem se interessar, vou deixar uma lista de albuns que mudaram minha vida, e podem mudar de mais alguém que quiser viver nesse mundo ;D


Album Leaf - In a Safe Place
Belle and Sebastian - If you Feeling Sinister
Death Cab For Cutie - Plans
Nirvana - Nevermind
Legião Urbana - Dois
Green Day - Dookie
Blink 182 - Enema of State
U2 - All That You Can't Leave Behind
Coldplay - A Rush Of Blood To The Head
Radiohead - The Bends
Radiohead - Ok Computer
Radiohead - Kid A
Mogwai - Mr Beast
The Appleseed Cast - Peregrine
The Strokes - Is This It
The Beatles - Sgt. Pepper's Lonely Hearts ..
Chico Buarque - Construção
Kings of Convenience - Quiet Is the New Loud
Los Hermanos - 4
New Order - Substance
Oasis - (What's the Story) Morning Glory?
Travis - The Man Who
Placebo - Black Market Music
The Cure - Galore


Uma lista bem pessoal essa, mas recomendo todos, todos mesmo =)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Encontrando a Mulher Ideial.


Festa rolando, algumas bebidas a mais e logo ele percebe uma garota, linda, morena, olhos claros, vestido preto, sorriso demasiado lindo. Resolve segui-la, então percebe que ela entra no banheiro, sem pensar duas vezes ele vai atrás dela.
- O que você está fazendo aqui?
- É que eu descobri que você é a mulher da minha vida!
- Você está chapado? O que colocaram na sua bebida?
- Nada, bebi algumas cervejas apenas, nada demais.
- Então você só pode ser louco!
- Mas é verdade o que digo, você é a mulher da minha vida!
- Desde quando?
- Desde agora, percebi isso só de olhar para você!
- Você só pode estar brincando, vou chamar os seguranças.
- Espere, vamos nos conhecer, qual seu nome? Você vem sempre aqui?
- Aqui no banheiro você diz? Sempre que tenho vontade, e agora não estou me sentindo bem, então licença.
- O que aconteceu? Posso ajudar em algo?
- Pode sim, saindo daqui e nunca mais aparecendo na minha frente.
- Mas espere, não seja tão hostil, afinal você vai passar o resto da sua vida comigo!
- Só se for na sua cabeça maluca, estou perdendo a paciência, saia daqui logo ou chamo os seguranças.
- Você não está com uma cara boa, acho que você vai...
Em segundos surge uma cascata de vomito da boca da garota, e acaba sujando todo chão.
- Nossa, com toda certeza você é a mulher da minha vida, mesmo após passar mal ainda te acho linda.
- O que eu fiz meu Deus! Passando mal no banheiro de uma festa, e ainda tem um maluco me enchendo.
- Acho que estamos começando a nos dar bem, já está me chamando por apelidos carinhosos.
- Saia daqui seu doente mental, me deixe vomitar em paz, ou faço isso em cima de você!
- Que isso, quer que eu providencie algum remédio, ou algo para você?
- Sim quero, vá comprar qualquer coisa na farmácia mais longe daqui e nunca mais volte.
- Ha ha ha ha! Você é engraçada também, com toda certeza é a mulher da minha vida.
- Meus Deus, o que eu fiz para merecer isso!
- Mas voltando na parte de nos conhecermos, me conte sobre você. o que gosta de fazer, trabalha com o quê, que tipo de musica você gosta?
- Gosto de funk, axé e pagode.
Ele da uma respirada funda, olha para os lados, e então encara ela todo constrangido.
- Me desculpe por tudo, estou muito embaraçado, me desculpe mesmo, ouve um engano aqui.
- Até que enfim se tocou ein, agora saia.
- Com toda certeza você não é a mulher da vida, estou muito envergonhado por essa situação.
- Ué, o que te fez mudar de ideia assim tão fácil?
- Nada, foi um engano meu, deve ter sido as cervejas, mas confundi você com a mulher ideal pra mim, mas a mulher da minha vida não ouve funk, axé e pagode.
- Por que não?
- Nada contra, mas a mulher da minha vida prefere ouvir Rock Alternativo, MPB, Post Rock, Brit Pop.
- Eu gosto de Oasis.
- Oasis é bom mesmo, mas vou indo, desculpe por tudo, e outra a mulher da minha vida não costuma frequentar festas assim, é mais reservada, prefere ficar em casa lendo algum livro, assistindo filmes ou séries, ou sair conversar em algum lugar mais reservado com o grupo de amigos apenas, frequenta cafés, e não festas onde tocam Funk.
- Mas eu estou aqui contra minha vontade, minha amiga me tirou de casa a força, também prefiro programas mais caseiros ou com grupos de amigos.
- Que bom para você, mas vou indo, me desculpe mesmo.
- O que você está lendo?
- Eu? No momento uma biografia do Proust escrita por um autor Dinamarquês.
- Você gosta de Proust?
- Sim, Proust, Camus, Sartre, Nietzsche também, apesar de ser contra o lado machista dele.
- Eu penso o mesmo, espere vou me lavar para conversarmos melhor lá fora.
- Não vai dar, tenho que ir embora, mas desculpe por tudo, olhando daqui eu vejo que você não é mesmo a mulher da minha vida, é muito alta, a mulher da minha vida é bem mais baixa.
- Espere um pouco, é que eu vim de salto, vou tira-lo!
- Desculpe, tenho que sair.
- Espere um pouco, volte aqui!
- Tenho que ir mesmo.
Nesse momento, ela tenta desesperadamente segura-lo pelos braços.
- O que você está fazendo, vai rasgar minha camiseta!
- É que eu descobri que você é homem da minha vida!
- Me solta, vai rasgar minha camiseta, você só pode estar louca, SEGURANÇA!!!
- Não vá embora! Eu te amo!

Homens gostam daquilo que vêm, mulheres daquilo que ouvem, mas nada impede o contrario também caro Jão =)

domingo, 6 de julho de 2008

a visão mais comum de mim


Já não sei dizer se ainda sei sentir.
O meu coração já não me pertence.
Já não quer mais me obedecer.
Parece agora estar tão cansado quanto eu.

Até pensei que era mais por não saber.
Que ainda sou capaz de acreditar.
Me sinto tão só.
E dizem que a solidão até que me cai bem.

às vezes faço planos.
Às vezes quero ir.
Para algum país distante e voltar a ser feliz.

Já não sei dizer o que aconteceu.
Se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu.
Se meu desejo então já se realizou.
O que fazer depois, pra onde é que eu vou?

Eu vi você voltar pra mim.



essa musica se chama Mauricio e é da Legião Urbana
mas com toda certeza poderia se chamar Fabricio.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Love Travels At Illegal Speeds


Adoro a sensação de viajar, olhar pela janela e ver a estrada, as árvores passando rápido, paisagens serenas, muito verde, caminhoes indo e vindo, céu azul, da uma sensação de novo começo, reflexão, tudo passa pela cabeça, passado, presente e futuro. Parece que quando estou na estrada tudo é tão simples, tão fácil de resolver, viajar é uma terapia, um reset. Sem contar o momento que chego no destino, todo aquele ar de fora de casa, coisas novas, aquele pensamento "finalmente livre daquele lugar", mas duvido quem não pensa na cidade natal, casa, pelo menos duas vezes por hora! Eu penso muito! Posso reclamar da cidade, falar mal da maioria do povo, olhar para minha vida aqui e perder o apetite, mas não esqueço daqui nunca, ninguém esquece. E o mais pátetico, pátetico e fofo digamos assim, é que tenho a mania de tentar achar na multidão as pessoas que fazem parte da minha vida, mesmo sabendo que não tem a menor chance de encontra-las, eu fico ali olhando e lembrando, rostos semelhantes, jeito de andar, roupas, qualquer coisa lembra alguém que ficou mas veio comigo em mente, fico ali buscando achar a pessoa lá, e na minha mente sonhadora já começa todo um filme, coisas que faríamos, gestos, brincadeiras, risos, como o sabor do lugar seria diferente com essa pessoa(as), e tenho certeza que muita gente é assim! E tem a outra parte, voltar embora, chegar em casa, ver minhas coisas, a segurança do meu universo, deitar e ligar a musica que me alimenta no momento, isso é a finalização do ritual de viagem, pelo menos para mim. Viajar é uma das melhores sensações que já experimentei, e viajar com as pessoas que amamos, todos os tipos de amor, multiplica isso por mil.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ser ou Ter, eis a questão Jão


Devo ser ou devo ter? Nos dias atuais, qual desses dois caminhos devo seguir para me tornar uma pessoa melhor? É difícil achar a resposta para essa pergunta, ainda mais vivendo em uma sociedade capitalista, onde a imagem vale mais que mil palavras. Deixando para trás todos os acontecimentos que a humanidade presenciou até os dias atuais, Fixando nosso pensamento apenas no hoje, o que vemos? Uma sociedade cada dia mais hipócrita e capitalista, uma juventude cada dia mais fútil e alienada, o sentimento de poder esmagando os outros sentimentos, isso mesmo, o sentimento de poder é a chave do capitalismo, é a ferida que ele cura. Eu posso ter isso, eu devo ter isso, eu sou isso (!). A moral casada com o capitalismo, que abraçou as religiões, cristianismo consumista, depois desse comentário serei queimado em praça publica, ainda mais morando onde moro. E o que vemos, um amontoado de marionetes sem personalidade, que se movem ao bel prazer das industrias durante a semana, e tem seu cano de escape na moral de rebanho nos fins de semana. O mais revoltante é que tudo isso está atacando cada vez mais aqueles que deveriam lutar contra isso, a juventude esclarecida, classe média, ou que pelo menos deveria ser esclarida. Vemos jovens comprando mais, super estimando a estética, deixando de formar sua personalidade e seguindo aquilo que é imposto, sem ao menos perguntar por quê? A falta de ideais, ausência de atitude, a conscientização sendo trocada por um tênis de marca e a cara lotada de piercing, novos carros, novas roupas, sex and drugs all night, tudo isso faz com que década de 80, que para muitos foi considerada a década perdida, seja vista como revolucionaria se comparada aos dias atuais. O ter venceu o ser, pensar é coisa do passado, o que realmente importa hoje em dia são as morais estéticas que vemos por ai. Muita imagem, e conteúdo zero. O sentimento morreu, ou melhor, o capital pagou para algum carrasco mata-lo. E o que sobrou? Imagem, futilidades, valores estéticos, status e poder. Pobre daqueles que ainda valorizam o conteúdo, atitude, consciência, sentimentos, arte, vivem solitários, a margem dessa juventude aparência. Esses jovens $.$ são como macacos no circo, você da uma banana pra eles, e eles se mexem, se assustam e respeitam o domador na sua frente, sem ao menos se questionarem, e nem se passa pelas suas cabeças em dizer não ao domador, para que? Minha banana está aqui todo dia, e nos fins de semana me arrependo de todo mal (!) que fiz, pedindo perdão ao King Kong, aproveitam e pedem mais bananas para ele, porque acham que merecem. Mas esquecem de por em pratica aquilo que seguem aos domingos, esquecendo que a floresta é selvagem, e vários macacos passam fome, não tem oportunidades, não conseguem chegar em galho algum, é uma das bases do seu dogma, me corrijam se estiver errado, ajudar uns aos outros. Mas a alienação é tanta que esqueceram disso, ou fingem que não sabem, dai a única esperança de reviver o sentimento, o conteúdo, o verdadeiro sentido de ser humano, vai por água abaixo. Enfim, se me perguntam hoje, se devo ser ou devo ter, minha resposta com toda certeza é DEVO TER, porque se o bigodudo niilista disse à 100 anos atrás que Deus está morto e nós matamos ele, o seco esquelético diz hoje, o sentimento está morto, e nós com a ajuda do capitalismo, matamos ele.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

É a vida Jão


Dias difíceis Jão, mas sem perder o bom humor, porque a esperança já foi faz tempo. O tempo passando, as pessoas mudando, os amigos finalmente se encontrando, os amores adormecidos de vez em quando resmungam algo durante o sono, as paixões novas aparecem, somem, reaparecem, voltam intensas em outras faces e sorrisos, mas nada se torna algo que consiga acreditar e fazer valer a pena. Acho que isso que eu quero, algo que eu veja que faça valer a pena, desabafo mesmo, tanto no campo coração quebrado da porra, quanto na vida social, se é que tenho. O seriado teve seu auge nos últimos três anos, e essa temporada está sendo demasiada estranha, coisas que nunca acreditei que aconteceriam estão surgindo, roteirista da nossa vida conheceu a maconha, está exagerando no bacon, finalmente largou do vídeo game e arranjou um namorada, e mecheu com o seriado. Depois da fase das crises existenciais, conflitos com ego, vem a parte onde se tornamos chatos, chatos para nós mesmos. Porra meu, sair à noite e voltar antes da meia noite é muito "old old school", quando irão começar os churrascos de domingo no almoço, todo mundo chegando com cerveja e maionese, carro novo, casa própria, vida adulta. E os assuntos serão sempre os quais? Esses que foram os melhores anos das nossas vidas, tem muita coisa pra se contar, muita coisa idiota mesmo, por que você não gosta do Jô Soares? Cara como essa rua é reta! Hi Bogus, I want to play a game! Sai do PC! Vai com o Ryu que eu vou com Ken! Da e chupa pro Fogaça! E Julianão! Foram tantos diálogos idiotas, tantas girias inventadas, negão tunado, to susse, ih, padawan, pokebola, decepção do hardcore, especial da letra, recuperar meu HP, conte otra, porra é muita coisa. Vivemos muita coisa, se formou um laço muito forte, inesplicável, mas que agradeço todo dia, porque me sinto privilegiado por ter feito parte, e fazer ainda mesmo que esporadicamente agora, não posso reclamar de solidão nem nada, posso passar a imagem pra fazer um certo charme, mas na realidade, tive a melhor companhia de todos, tivemos a melhor companhia de todos, enfim, nada foi em vão.
Tomara que continue, mas independente disso, valeu a pena pra caralho, posso dizer de boca cheia, fiz parte do grupo de amigos mais legal de telêmaco borba, na história de todos os tempos.