segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Companheira.


Hoje a solidão insiste em ser mais forte, já usei de todas as armas que tinha em mãos para tentar repeli-la, mas nenhuma das minhas armas hoje é capaz de vence-la. Acendo mais um cigarro e tento inutilmente distrair-me, tento em vão encontrar uma musica que consiga por cinco minutos fazer com que minha mente se distraia. Penso quando foi que me tornei assim vitima da solidão, puxo em minha mente todo filme da minha singela vida, todos os acontecimentos que me levaram a ser como sou hoje, e não consigo achar o instante exato que ela com seu beijo gelado me conquistou, talvez ela tenha nascido comigo, talvez seja obra do destino, destino que outrora eu nunca dei credito ou crença, destino que para mim sempre foi uma palavra subjetiva demais para meu mundo, hoje começo a acreditar que talvez ele exista, antes crer na existência do destino do que viver com a certeza de uma existência sem sorte alguma. Em dias de força consigo conviver com ela sem condena-la ou julga-la, tais dias chego a ver ela como amiga e professora, mas dias como hoje quando a minha mente cede suas forças para a emoção, ela é mais vilã que amiga, vilã cruel e sem piedade, que machuca sem receio algum. Já procurei varias maneiras para suporta-la nesses dias, mas tudo que tento ou tentei acaba sendo em vão, ela termina sempre vencendo e sorrindo para mim, demonstrando em seu olhar distante e misterioso que nesses dias ela é mais forte que eu. Então me resta apenas a esperança de que nem todos os dias serão assim, que dias melhores virão, que esse gosto amargo que minha boca tanto rejeita é passageiro, que terei dias onde ela não será minha única amante, é na esperança de dias assim que penso direcciono meus pensamentos, para não enlouquecer ou surtar.

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