quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Letter To Elise


Tem tanta coisa que você precisa ouvir saindo da minha boca, um jogo gigantesco de palavras que juntas irão formar frases que seus ouvidos devem ouvir, só assim minha alma descansará em paz, só assim darei sossego a minha mente muitas vezes insana! Não é nada ofensivo te prometo, são palavras que só terão vida quando saírem da minha boca e entrarem pelos seus ouvidos, logo após isso, após o nascimento delas, sinto que estarei livre, minha mente estará livre e meu coração, hora baqueado hora superlotado, voltará a ser como sempre foi, nulo e observador. Talvez elas não cheguem a fazer sentido algum à você, mas desde já peço perdão pelo meu ato egoísta, mas o nascimento delas diz respeito unicamente à mim. Não me vejo preso, posto que sou livre, mas me vejo no dever de tal ato para comigo, e posso ficar devendo favores a muitos, mas me recuso a dever favor à mim mesmo, então me devo, e você irá ajudar-me a pagar tal favor, posto que me ouvirá, nessa ou em outra existência, mas me ouvirá. Se não entender nada do nascimento de tais palavras, não me pergunte o significado delas, só sei que elas devem existir, como uma mulher perto dos 40 que nunca teve um filho se quer, me vejo na obrigação de dar vida a elas logo, é como um dever hoje, um sentimento que morreu e se transformou em dever para comigo. Então um dia, nesses encontros casuais você me ouvirá, ficará ouvindo calada, talvez me entenda, talvez me odeie, talvez me bata, talvez me ignore ou talvez me ame. Mas me ouvirá, tenho certeza disso, posto que dentro de você ainda existe uma parte que deseja ouvir o que tenho à dizer, não sei qual a intenção dessa parte que você insisti em manter adormecida, mas sei que ela está ai preparada para ouvir a qualquer momento, logo que essa força que rege o mundo, que muitos chamam de Deus, destino, vida, nos conceda uma oportunidade.

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