sábado, 27 de setembro de 2008

Esqueça as tradições, crie você mesmo suas conclusões.


Todo mundo é igual, sempre previsíveis quando o assunto é relacionamento com outras pessoas. Primeiramente se encantam com alguém, mas sentem muito medo de se aproximar demais e se tornarem frágeis, quando por um milagre divino vencem esse medo e se aproximam, se sentem amedrontadas, se tornam paranoicas por terem se aproximado tanto de alguém, por terem tanta necessidade da outra pessoa que até chegam a pensar que não irão conseguir seguir em frente sem ela. Se a relação vai bem, acabam caindo na monotonia e começam a pensar " será que estou fazendo a coisa certa?", e se a relação começa a ir mal, logo arranjam uma maneira de magoar a outra pessoa antes da outra pessoa magoa-la, algo bem do gênero " eu te machuco para você não me machucar", e acabam fazendo coisas das quais irão se arrepender, porque na maioria das vezes a outra pessoa nem tinha tal intenção. Depois que se separam fica aquele jogo " oi estou melhor que você, veja aqui", mostrando coisas que no fundo nem estão fazendo bem para elas, mas se acham na obrigação de fazer para não se sentirem "menores". Como se existisse um padrão, uma lei geral onde diz, todas as pessoas só estão bem quando possuem isso, aquilo, vivem dessa maneira, fazem tal coisa", e esquecem que a única pessoa que sabe o que é bom ou ruim para si é ela mesma. Todo mundo tem medo de relacionamentos, mas sempre estão atrás deles, e os relacionamentos mais doentios são os mais procurados, parece que ninguém fica contente com algo simples, algo comum, algo normal que ao mesmo tempo é completamente diferente, ninguém se contenta com pequenas coisas da vida, com detalhes simples, fofos e acabam se ferrando. Sempre se preocupando com o que os outros vão pensar, tentando achar defeito em tudo, mesmo quando as coisas vão bem. O problema é pensar demais, no ontem, hoje ou amanhã, é falta de confiança, de segurança, de amor próprio, essa efusividade em pegar todo mundo mesmo sem conhecer aos poucos, ninguém mais se conhece, conversa, se descobre, isso é um erro, porque o desejo não pensa, e acaba ferrando. Mas ninguém da atenção para isso nos dias atuais, ou aqueles que ainda pensam nisso acabam se vendendo. É foda ter uma visão de vida que não é adequada ao meio em que se vive. =/



Imagem de Seth Cohen, personagem ficticio que representa a paranoia e a insegurança.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Woodland Hunter


Talvez o tempo tenha levado a esperança, ou ela nunca tenha existido.
Ou tudo que acontece comigo, seja uma brincadeira do destino, talvez alguém se divirta ao ver realmente o que se passa atrás do meu sorriso playmobil.
Toda ironia dessa minha vida, todos os acontecimentos que deixam de acontecer, todos os planos teóricos, e a folha em branco que é a realidade, me faz olhar para baixo e acenar para a multidão. Ter como companheiros mentes mortas, se identificar com os pensamentos de Kierkegaard e não ter com quem conversar. Assinar em baixo de tudo que Sartre disse sobre o homem e sua liberdade, mas ser preso pelos outros, como o próprio chegou a dizer " o inferno são os outros". De nada adianta pensar, isso eu já havia descoberto, mas nos últimos dias cheguei a conclusão que além de ser inútil pensar, é doloroso também, quando não temos alguém para repartir o peso da realidade. Por isso cheguei a conclusão de que irei vender minha vida social. Dinheiro sim é algo importante e faz toda diferença, bens materiais conseguem muito bem disfarçar o lixo humano que as pessoas são.
Mas ainda bem nem tudo está perdido, ainda existem possibilidades.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Eu me Nego!


Não! Eu não irei me negar de ter esse mero prazer carnal, Schopenhauer que me perdoe, mas esse prazer eu não irei me negar. Apesar de reconhecer meu erro, minha alienação, minha compulsividade, eu não irei me negar tal luxo. Cercado de tanta superficialidade, onde eu sou obrigado a dar sorrisos hipócritas e tapinhas nas costas dos outros dizendo " você está certo campeão!" para manter uma vida social e não pirar, me vejo disposto a ter tal prazer do mundo dos bípedes. Esse prazer consciente e inegável eu mereço ter, de tanto tomar tombos e surras na estrada do pensamento, cansado de procurar humanos e apenas encontrar animais vestidos, tão cedo eu cansei e agora a única coisa que quero é meu prazer. Vou continuar procurando, mantendo meu sorriso playmobil e meu tapinha nas costas hipócrita, afinal como já disse antes, eu rio deles e eles de mim, assim mantemos o equilíbrio. E esse prazer eu não me negarei.

Aos fortes de espírito, boa sorte!

Fight Song


Esconder-se atrás de falsos sorrisos e companhias distântes não te fara mais feliz, pelo contrário, vai servir de combustível para o vazio que existe dentro de você mesmo, forte é aquele que, do fundo do posso vê possibilidades, enquanto o fraco nem ao menos chega lá, quando sente que está caindo se agarra no primeiro tijolo bruto que acha em sua frente.

domingo, 21 de setembro de 2008

Você quer dançar?


Se a resposta for fim, você é obrigado a ter em mãos no mínimo o álbum da dupla Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden, mais conhecida por MGMT. Está entre os cinco melhores álbuns que conheci esse ano, na minha não tão humilde opinião claro. Misturando psicodelia, new wave, eletropop e jogando tudo isso em uma panela onde diz "anos oitenta", new order, depeche mode, eles fizeram um álbum contagiante da primeira a ultima faixa, fugindo de toda essa punheta musical ( repetição do que um dia foi bom ) que tem aparecido ultimamente. Time to Pretend e Kids são minhas preferidas. E o bom que eles vem para o TIM festival, mas esse ano os F*** deixaram Curitiba de fora, mas quem sabe numa sorte não encaramos uma SP ae. Pra ver MGMT vale a pena.

sábado, 20 de setembro de 2008

A revolta da musa


E o novo rock vem com tudo no Brasil, uma das bandas que conheci a pouco tempo e já me conquistou foi Ecos Falsos, apesar do nome a banda é bem animada, e com letras inteligentes e criativas.

Estou tendo problemas
Com a minha musa
Não quer mais me inspirar
Só quer ficar reclusa
Diz que vida infeliz como a dela não há

Minha musa não tem
Ideia o quanto é difícil
Dedicar-se à arte
Requer um sacrifício
Mas se não for o dela, sobre o quê vou criar?

Ó minha musa, isso não se faz, isso não se usa
Você sabe que um artista não se dá bem com a recusa
Ó minha musa, como é que nisso tudo eu vou ficar?

Minha musa me acorda
Pra dizer que me odeia
Mando que se cale,
Depois tampo as orelhas
Pra voltar a sonhar em como é lindo o amor

Minha musa casou
Com outro cara do nada
Se mudou pro deserto
E apagou as pegadas
Tem dias que eu penso até que ela me abandonou

Estou tendo problemas Com a minha musa Mas ela vai voltar Só deve estar confusa Vai lembrar com saudade todo bem que eu lhe fiz

Minha musa casou
Com outro cara do nada
Às vezes eu penso
Durante a madrugada
E fico sentindo até inveja do pobre infeliz



Foto do anime Air Tv que ainda não terminei, faltam dois episódios, é muito triste e cute. @@

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bella & Sebastian ( primeira parte )


19:30 hrs marca o relógio quadrado na parede, com pequenos peixes pintados que decoram seu interior, Sebastian começa a se aprontar para passar na casa de Bela, sempre saía de casa às 20:00hrs, mas nesse dia em especial sairia mais cedo, pois havia chegado um parque na cidade, e ele tinha prometido leva-la nele. Colocou seu jeans, camiseta da sua banda preferida e seu moleton meio descorado, que um dia foi de uma tonalidade preta, pegou sua carteira de cigarros, arrumou o cabelo e saiu de casa. Sempre fazia a mesma trajetoria, descia a rua da sua casa, passava na frente da oficina, onde encontrava um senhor com cara de cansado e olhar distante, sempre imagina como teria sido a vida dele, paixões, aventuras, amigos, momentos marcantes, se ele teria feito valer a pena ou apenas passou por ela sendo coadjuvante da própria vida, mais além tinha o mercadinho que um dia foi azul marinho, ficava bem na esquina e sempre nesse horário da noite haviam crianças brincando ali, e alguns adultos jogando conversa fora, sempre ouvia as mães gritando preocupadas " saia da rua, fique longe daí! ", preocupação materna que não tiveram com ele, então ele acahva aquilo estremamente diferente e bonito. Subindo a rua existia uma casa que ele admiriva, em formato de sobrado, com janelas no formato de persianas, era pintada em um tom salmão, na parte de baixo a garagem era uma porta de madeira que tinha "JY" entalhada em si, deveria ser as iniciais do casal de moradores, nunca tinha visto eles, sempre que passava por ali a casa estava fechada ou com apenas uma das janelas aberta, de fora dava para ver a luz de uma TV ligada. Odiava TV, mas se fosse ao lado de Bella ele não se importaria em passar o resto da vida assistindo TV, isso deve ser o significado do amor, ou pelo menos era o significado do que ele estava sentindo no momento. Virando a segunda esquerda após a casa salmão, e seguindo duas quadras retas, ficava a casa de Bella, uma casa bonita, bem conservada, com muros altos e um portão de ferro, sua cor era verde escuro tom pastel, na frente tinha uma caixa de correio onde ela tinha escrito " Bella & Sebastian " usando as chaves dele, no dia seguinte da escrita, contou que seu pai ficou bravo e disse que ia trocar a caixa, passaram quatro meses e a caixa ainda estava lá, com aquele coração todo riscado e dois nomes dentro, feitos com uma calegrafia torta. Quando chegou na casa de Bella, como de costume ele apertou a campanhia que ficava no lado esquedo do portão, daquele local dava ver a janela da sala, sempre após alguns minutos Bella puxava a cortina amarela e dava um sorriso e mostrava a mão em um gesto de " hey, já to saindo >.<". Então Bela apareceu e repetiu seu gesto que havia virado uma tradição entre eles, após alguns minutos ela abriu a porta e saiu. Ela era linda, um pouco mais baixa que ele, cabelos negros um pouco abaixo dos ombros, olhos que pareciam duas jabuticabas, olhos que sempre diziam tudo, um sorriso de meia boca que contorcia seu rosto e formava uma bochechinha linda, que quando ela estava com vergonha ou constrangida ficavam em um tom vermelho arroxado, ele adorava aquela expressão nela, e sempre fazia coisas para deixa-la daquela forma. Nessa noite em especial ela estava mais magnifica que de costume, usava uma calça jeans preta apertada, all star preto, uma blusinha branca com uma estampa de dois ursinhos se abraçando, e um moleton cinza por cima, moleton de ziper que estava aberto mas ela tinha posto a toca deixando os cabelos por cima dos ombros, estava linda no seu estilo largada de ser. Antes de sair pelo portão, o pai dela sempre aparecia na janela dando uma encara em Sebastian, com cara de bravo e de poucos amigos ele comprimentava Sebastian com um movimento da cabeça, Sebastian sempre sem jeito levanta a mão e dava um sorriso de lado, sentia que ele não aprovava muito o namoro dos dois, vários aspectos não faziam deles o casal perfeito, pelo menos aspectos que o pai dela levava em conta, após comprimentar Sebastian ele recomendava alguma coisa para Bela e desaparecia da janela, um dia Bella e Sebastian tiveram uma conversa séria sobre esse assunto, Bela disse que seu pai era muito protector e tinha planos para ela que envolviam outra cidade, outros afazeres, às vezes Sebastian sentia vontade de se afastar de Bela, para não comprometer o futuro promissor que o pai dela tanto sonhara, mas era algo que ainda ele guardava para si. Logo após a cerimonia de despedida, contando com Bella quase que chutando seu cachorro para ele ficar para dentro do portão, seguiram em em direção ao parque, era noite de primavera, mas o clima estava frio, Bella abraçou a cintura de Sebastian e ele colocou a mão direita sobre o ombro direito dela em um meio abraço, e com a mão esqueda ele ficou brincando com os dedinhos da mão esquerda dela, que estava em volta da sua cintura. Os assuntos então começaram a fluir, cada um descrevendo como tinha sido seu dia, os dias de Bella eram sempre cheios e animados, que ela passava quase meia hora para descrever todos os detalhes, enquanto os dias de Sebastian eram monótonos que com cinco minutos ele detalhava tudo, na verdade os dias de Sebastian só começavam a ser contados no momento que encontrava Bella, o resto do dia era para ele apenas o resto. Após os dois terminarem o relatório sobre os acontecimentos do dia, um silêncio veio, Sebastian começou a caminhar olhando para o infinito, Bella odiava aquilo nele, quando ele fechava o rosto e ficava distante com cara de pensativo, ela tinha medo dos pensamentos dele muitas vezes, medo por não saber o que ele estava pensando, e sempre que isso acontecia ela tentava trazer ele para perto dela, usava armas traiçoeiras que iam de beliscões à murrinhos em seu peito, sempre Sebastian produzia um som de dor, que para ela ressoava como alivio, e depois de algumas reclamações ele estava perto novamente. Bella estava muito excitada com o parque, adorava parques, em especial roda gigante e algodão doce, parecia uma criancinha fazendo planos que iam de ir na roda gigante mais de cinco vezes à comer algodão doce até não aguentar. Sebastian apenas encarou o rostinho feliz da garota, que naquele momento transmitiu um sentimento forte de algo ingênuo, da onde ele vinha a ingenuidade morria antes mesmo das pessoas nascerem, e quando ela transmitia essa sensação para ele, era como se a esperança de um mundo melhor e mais justo brotasse em seu peito, como se a bondade ainda existisse, e isso para ele não tinha preço, nada pagava a chama de esperança que ela tinha acendido nele, tocha que tinha se apagado a tanto tempo que ele nem lembrava como era tal sensação. De onde ele vinha sentimentos comuns eram egoismo, tristeza, rancor, sofrimento, solidão, trapaça, e quando ela entrou em seu mundo mostrando para ele coisas como ingenuidade, alegria, companherismo, confiança, esperança, no começo foi algo assustador se deparar com tais sentimentos que ele conhecia apenas através de livros e filmes. Até o atual momento ele não sabe o que ela viu nele, um cara comum, em uma vida comum, de um mundo sem esperança e futuro, apenas mais um cara normal com muitos sonhos e pouca realidade, talvés fosse isso que encantou ela, os sonhos que ele tinha, e fato dela ter encontrado coisas boas jogadas no lixo, um dia iria perguntar qual motivo exato, mas não agora. Passando pela segunda quadra e subindo na frente do Pet Shop estava o parque, de longe dava para o colorido dos brinquedos, na mesma hora ele encorou Bella e viu o reflexo das cores reluzirem no olhar dela, e foi aos poucos contemplando um sorriso de lado se formando, as bochechas se contraindo e avermelhando, eram duas contemplações ao mesmo tempo, ela contemplando o Parque e ele contemplando ela. Naquele exato momento o sentimento era idêntico nos dois, como se o tempo tivesse parado, passado e futuro não existissem, e somente aquilo ali fosse necessário para existência de ambos, um completava o outro, de uma forma inexplicável, e eles tinham total consciência disso. Enfim, chegaram na entrada do parque.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pois é ;D


Analisando bem, cada pró e contra, vejo que o melhor a ser feito é esquecer, deixar estar. São muitos contras, muitas coisas que não podem ser mudadas ou esquecidas assim com passe de magica. É melhor deixar as lembranças boas como lembranças e tocar o barco, existem algumas possibilidades em volta, para momentos felizes também, com tamanha ou maior intensidade, vai de saber aproveita-las. Enfim, a nostalgia bate mas o pé no chão tem que existir, saber diferenciar passado de futuro, deixar as lembranças no lugar delas que são a mente, fotos, musicas e pensamentos. A vida continua, e bem melhor que antes, dias de chorar de rir, festas que ficarão anos e anos nas lembranças, situações cómicas e OWN @@, pessoas novas na trup, com certeza está bem melhor que antes, e então é melhor deixar certas coisas no lugar delas, passado, e seguir a vida em frente curtindo a vibe. Está foda, então o negócio e relaxar e seguir em frente. Sem falar que tem um festival no fim do ano pra fechar com chave de ouro a temporada, PS estará lá, juntamente com o resto da cena, e que novas emoções apareçam, as atuais continuem, e as passadas, bem as passadas é melhor deixar estar ;D

domingo, 14 de setembro de 2008

Oh Yoko (8)


Mais uma do casal mais foda que já existiu. O que eu mais admiro nesses casais é a independência que um tem do outro, cada um com sua vida, sua personalidade, seus gostos, suas paixões, mas acima de tudo isso, o amor incondicional que um sente pelo outro. Nada de contrato matrimonial, nem de dependência financeira, física ou psicológica, mas sim estar junto pelo amor, pela admiração, pela necessidade sadia de ter a pessoa amada por perto, pelo fato de se entenderem com olhares, de saberem a hora exacta de falar a coisa certa para agradar o outro, e também saber a hora certa de não falar nada, mas estar junto, ali quietinhos abraçados. Sem insegurança, sem medo, sem receio, sem nada que possa desgastar o relacionamento, por isso cada um com sua vida, com seus sonhos, sem deixar de se apoiarem, mas sem abrir mão dos próprios ideais. É de ter um pouco de inveja, mas não chega a ser nada utópico, existem muitas pessoas que pensam assim espalhadas pelo mundo, é só ter a sorte de encontra-las, e as vezes elas estão muito perto, mas não percebemos por falta de contato, de dialogo, de espontaneidade, de tempo, ou as vezes por medo ou receio não aceitamos elas quando as identificamos, quando as cicratizes são muito recentes. Mas tenho certeza que não é só o Lennon e a Yoko ou Sartre e Simone que merecem algo do gênero, todo mundo merece encontrar sua Yoko ou seu Seth Cohen, tenho certeza disso.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Par


Detalhe na mão boba do Lennon, esse cara sabia das coisas =)
Casal que da esperança @@