sábado, 23 de fevereiro de 2008

Lixo ou Lixo


Já pararam para imaginar a importância das lixeiras no nosso dia a dia? Elas são a ultima moradia daquilo que não é mais útil nas nossas vidas, para onde mandamos aquilo que está velho, que sobrou, que não tem mais serventia e principalmente aquilo que não tem mais o brilho de quando nós vimos pela primeira vez, mas isso é outra historia, estou aqui para tentar falar sobre as lixeiras.
Eu mesmo tenho uma paixão que chega a ser meio pansexual por elas, adoro fotografá-las, ficar observando suas cores gastas, e até me atrevo a chegar pertinho para ver o que tem dentro.
Agora nessa madrugada fresca, sem camiseta (ui que seqsi), me pergunto como seria se existisse uma lixeira para sentimentos, onde você pudesse chegar e jogar aquilo que ta te ferindo ou te machucando, assim como você joga uma casca de banana ou um papel amassado, qual seria a cor que colocaríamos nela? Ela ficaria ao lado direito ou esquerdo da orgânica? Teria um caminhão para pegar só esse tipo de lixo? Acho que teria sim, pois seriam eliminadas centenas de toneladas de tal produto, e para onde iriam? Será que teriam famílias revirando os depósitos à procura de algo que ainda seria útil? “ olha mãe, acho que essa paixão aqui ainda funciona!” ou “ pai vem ver esse sonho aqui, ainda ta bom”, industrias de reciclagem poderiam lucrar em cima disso, comprando sonhos que ainda podem dar certo em terceiros, paixões semi-usadas ou amores que foram jogados no lixo porque vieram com um defeitinho de fabrica.
É bem viajante tudo isso, mas enquanto não inventam tal utensílio que seria de ótima utilidade, temos que aprender a viver com esses sentimentos em nós mesmos, tentar transformar eles, ou até mesmo substituí-los, o que a grande maioria faz.

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