domingo, 20 de abril de 2008

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Em minutos a sintonia toda é trocada para uma frequência mais calma, onde tudo passa em camera lenta e você pode processar todas as informações numa velocidade que sua boca não pode alcançar, as cores mais brilhantes e mais vivas demonstram o mundo que você convive diariamente mas não percebe. Nessa outra frequência onde o tempo passa devagar, e pequenas distâncias se tornam interminaveis, é nela onde tudo fica mais visivel, pequenos detalhes como folhas caindo das árvores ou o mergulho de um pássaro em direção a um inseto, tudo isto é percebido de uma maneira antes nunca constatada. A arquitetura de uma cidade, cada detalhe exposto nas paredes dos prédios, detalhes que apareceram com o tempo, com a interversão de alguem em um surto de arte ou rebeldia, tudo isso que se passa despercebido no cotidiano é compreendido de uma maneira inesplicável, os sentimentos ali existentes só são percebidos nessa sintonia. Cada experiência vivida por diferentes vidas, que ali naquele lugar deixaram um pedaço de si, um pedaço metafisico de si, são facilmente sentidos, cada experiência boa ou má, vivida ou não por você, ali voltam a tona. Sentimentos vividos em outras épocas voltam com uma intesidade atravéz de sons, sabores, gestos, lugares, a nostalgia é constante. E a musica então, inesplicavel! Cada nota é sentida, entendida, explicada, uma viagem interna atravez de cada melodia, o sentimento ali existente é multiplicado por mil, a sintonia introspectiva é tão aconchegante e agradável que a vontade de voltar a sintonia normal não vem, por isso muito cuidado com a troca de sintonia, não faça dessa sintonia a moradia, e sim o refugio, pois refugio é lugar onde se vai para encontrar sussego e prazer, e na moradia sempre encontra-se a monotonia que anda de mãos dadas com o tédio, e esse ultimo faz com que tudo perca sua graça inicial. É como uma roda gigante.

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